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China atinge superávit comercial recorde mesmo com tarifas de Trump

Com retração nas vendas aos EUA, país amplia comércio com nações do Sudeste Asiático e fecha semestre com saldo de US$ 586 bilhões

Guindastes de pórtico perto de contêineres no Porto de Yangshan, nos arredores de Xangai, China, em 15 de abril de 2025 (Foto: REUTERS/Go Nakamura)
Otávio Rosso avatar
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247 - A China encerrou o primeiro semestre de 2025 com um superávit comercial histórico de aproximadamente US$ 586 bilhões, resultado impulsionado pela estratégia de diversificação das exportações para além dos Estados Unidos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (14) pela Administração Geral das Alfândegas, com destaque para o aumento nas vendas destinadas a países do Sudeste Asiático. As informações são do jornal O Globo.

As exportações chinesas cresceram 5,8% em junho, na comparação com o mesmo mês de 2024, atingindo US$ 325 bilhões — um desempenho acima do esperado por analistas. As importações também reagiram, com avanço de 1,1%, marcando o primeiro crescimento desde fevereiro.

Apesar do resultado positivo, as relações comerciais com os Estados Unidos continuam em retração. Os embarques para o mercado norte-americano recuaram 16,1% em relação a junho do ano passado, embora a queda tenha sido menos acentuada do que a registrada em maio, quando houve um tombo superior a 34%. Esse alívio parcial se deve à redução das tarifas impostas por Washington: a sobretaxa, que chegou a 145%, foi diminuída para 30% em meados de maio, após uma trégua comercial entre as duas potências.

O alívio nas tarifas, porém, não foi suficiente para conter a tendência de queda nas exportações para os EUA. O avanço do comércio exterior chinês se deveu principalmente à intensificação das trocas com o bloco Asean, que reúne dez países do Sudeste Asiático. As exportações para a região cresceram 17% em junho, em comparação ao mesmo período de 2024.

Durante entrevista coletiva, Wang Lingjun, vice-diretor da Administração Geral das Alfândegas, destacou a resiliência da economia chinesa diante das pressões externas. “O comércio chinês resistiu à pressão e avançou no primeiro semestre do ano”, afirmou.“Mas devemos considerar que o unilateralismo e o protecionismo estão crescendo em nível global, e o ambiente externo está se tornando mais complexo, sombrio e incerto.”

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