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Lindbergh desmonta críticas ao "nós contra eles": "lutar contra a desigualdade é dividir o país"

Líder do PT na Câmara rebate discurso que tenta deslegitimar lutas sociais

Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Guilherme Levorato avatar
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247 - Em publicação nas redes sociais nesta sexta-feira (4), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) contestou duramente a retórica que acusa a esquerda de promover a divisão do país por meio do discurso do “nós contra eles”. O parlamentar, que lidera a bancada do PT na Câmara dos Deputados, recorreu a marcos históricos das conquistas sociais no Brasil para desmascarar o que considera uma tentativa de criminalizar a luta contra a desigualdade.

“Dividimos o país quando defendemos o fim da escravidão”, escreveu Lindbergh. “Dividimos o país quando conquistamos o salário mínimo. Dividimos o país quando asseguramos dignidade na CLT”. A publicação segue com uma série de avanços sociais, como a instituição do 13º salário, o acesso de negros e pobres à universidade, os direitos das empregadas domésticas e a luta por uma jornada de trabalho justa, como exemplos de iniciativas que também foram acusadas, à época, de provocar divisão.

Defesa do enfrentamento à desigualdade - Ao reunir episódios emblemáticos da história brasileira, Lindbergh sustenta que as transformações sociais, invariavelmente, enfrentaram a resistência dos setores privilegiados. “Dividimos o país quando queremos que os ricos paguem a conta”, afirma. Para o parlamentar, esse tipo de crítica, disfarçada de apelo à “harmonia”, tem como real objetivo a manutenção de privilégios e a desmobilização das pautas populares.

A crítica do deputado é direta: “Lutar contra a desigualdade é dividir o país. Harmonia é não atacar os privilégios das elites!”. A frase resume a acusação de que o discurso de conciliação — muitas vezes apresentado como neutro ou civilizado — funciona, na prática, como barreira à justiça social.

Contexto - A fala de Lindbergh surge em meio a um cenário de forte pressão de camadas populares e progressistas por uma tributação mais rigorosa das camadas mais ricas da sociedade. Por outro lado, vozes em defesa da justiça tributária têm sido criticadas e acusadas de fomentar o ódio e a polarização.

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