“BRICS podem financiar a transição energética com apoio do NDB”, diz Alexandre Silveira

247 – Em entrevista à imprensa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como Banco do BRICS, no financiamento da transição energética dos países que compõem o bloco. De acordo com o ministro, o Brasil tem um papel estratégico na construção de uma matriz energética sustentável, e o banco pode se tornar um pilar para impulsionar investimentos nessa direção.

Silveira ressaltou que a transição energética foi debatida “de forma muito vigorosa” durante o fórum internacional dos BRICS e pontuou o engajamento da presidente da instituição, Dilma Rousseff, nos esforços de articulação financeira para o setor. “Um fórum internacional fundamental, inclusive para poder articular financiamento para transição energética através do banco do BRICS. A nossa presidenta Dilma está presente no fórum, atenta a essa questão, é alguém que conhece muito do setor da transição energética”, afirmou.

O ministro reforçou a relevância desses fóruns multilaterais, ressaltando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem marcado presença e defendido uma agenda global de sustentabilidade e justiça econômica. “Esses fóruns internacionais [...] nos dão possibilidade de demonstrar as potencialidades do Brasil, atrair investimento para poder a gente avançar na transição energética também.”

Ao abordar a relação entre sustentabilidade e crescimento econômico, Silveira defendeu o uso responsável dos recursos minerais como parte essencial da nova matriz energética. “Nós não podemos falar de transição energética sem falar dos minerais críticos, por exemplo, que o Brasil é riquíssimo neles. Lítio, cobre, cobalto, níquel. É uma atividade econômica fundamental para a transição energética.”

No entanto, o ministro condicionou esse desenvolvimento ao cumprimento da legislação ambiental brasileira. “Desde que esses investimentos minerais respeitem a nossa legislação ambiental, eles sempre serão bem-vindos e até estimulados pelo governo. [...] Nós temos no Brasil uma das legislações ambientais mais modernas e mais rigorosas do mundo.”

Silveira também defendeu o equilíbrio entre exploração econômica e proteção ambiental. “O que nós temos que buscar é o equilíbrio entre a atividade econômica fundamental para que a gente desenvolva o país, com naturalmente o mais vigoroso e rigoroso cumprimento da [legislação]”.

A posição do ministro indica que o governo brasileiro vê nos BRICS um caminho para alavancar recursos que garantam o protagonismo do país na transição energética global. Com destaque para os minerais críticos e os potenciais de investimento, Silveira reforçou a ideia de que o Brasil pode se tornar referência internacional em desenvolvimento sustentável com justiça social. Assista: