Alckmin: ‘antes era um atentado à democracia brasileira. Agora querem dar um golpe em nossa economia’
O vice-presidente condenou guerra tarifária lançada pelo governo Trump
247 - Vice-presidente da República, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, demonstrou o seu repúdio nesta quinta-feira (10) à iniciativa do governo Donald Trump, que anunciou tarifas de 50% contra o Brasil e apresentou como uma das justificativas o processo judicial envolvendo Jair Bolsonaro (PL), réu no inquérito da trama golpista e aliado do trumpismo.
“O clã Bolsonaro, que já atuava contra o Brasil na gestão passada, agora age de fora do país, atacando o povo, a democracia e nossa economia. Antes era um atentado à democracia; agora, é um golpe na economia, prejudicando empresas e empregos”, escreveu Alckmin na rede social X.
Uma das justificativas do governo Trump para o tarifaço foi a ação contra Bolsonaro, um dos 31 réus da investigação sobre o plano golpista conduzida pelo Supremo Tribunal Federal. Essas pessoas que respondem a uma ação penal ainda serão julgadas na Corte.
No Brasil, o governo federal já reuniu ministros e sinalizou que vai responder à guerra comercial de Trump. O presidente Lula afirmou nesta quinta-feira (10) que o governo federal vai abrir uma reclamação oficial à Organização Mundial do Comércio (OMC), para tentar reverter as tarifas de 50%. Caso não haja sucesso, o país adotará retaliações proporcionais, garantiu o presidente brasileiro.
"Não tenha dúvida que, primeiro, nós vamos tentar negociar. Mas, se não tiver negociação, a Lei da Reciprocidade será colocada em prática. Se ele vai cobrar 50% de nós, nós vamos cobrar 50% dele", disse Lula à Record.
A ideia é que o recurso à OMC seja articulado com outros países que também estão sendo taxados pelos Estados Unidos (EUA). "Dentro da OMC, você pode encontrar um grupo de países que foram taxados pelos EUA. Tem toda uma tramitação que a gente pode fazer. Se nada disso der resultado, vamos ter que fazer [de acordo com] a Lei da Reciprocidade", acrescentou.
A lei brasileira citada pelo presidente foi sancionada em abril e estabelece critérios para a suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual em resposta a medidas unilaterais adotadas por país ou bloco econômico que impactem negativamente a competitividade internacional brasileira (com Abr).
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