Trump normaliza assassinatos como ferramenta de política externa, diz diplomata iraniano
Embaixador iraniano na onu acusa o presidente dos eua e autoridades israelenses de ameaças de assassinato contra o líder da revolução islâmica
247 - O Irã pediu formalmente à Organização das Nações Unidas (ONU) e ao seu Conselho de Segurança que condenem as ameaças feitas por autoridades dos Estados Unidos e de Israel contra o aiatolá Seyed Ali Khamenei, líder da Revolução Islâmica iraniana.informa o canal HispanTV.
O embaixador e representante permanente do Irã na ONU, Amir Said Iravani, em carta enviada ao secretário-geral António Guterres e à presidente pro tempore do Conselho de Segurança, Caroline Rodriguez-Birkett, classificou tais ameaças como “uma grave violação da Carta das Nações Unidas”.
O diplomata condenou veementemente declarações recentes do presidente dos EUA, Donald Trump, e do ministro israelense de Assuntos Militares, Israel Katz, que ameaçaram diretamente o líder iraniano. Em 18 de junho, Trump publicou na plataforma Truth Social que os Estados Unidos localizaram Khamenei, descrevendo-o como um “alvo fácil”. Na última sexta-feira, o ex-presidente repetiu essas declarações, alegando que havia “salvo” o aiatolá da morte durante o conflito entre Irã e Israel.
Para Iravani, “tais ameaças deliberadas e imprudentes por parte de altos funcionários constituem uma grave violação da Carta das Nações Unidas, especialmente do Artigo 2, parágrafo 4, que proíbe explicitamente a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado”. Ele alertou que essas ameaças “também violam princípios reconhecidos do direito internacional, incluindo o princípio da imunidade dos chefes de Estado, e constituem um exemplo claro de incitação ao terrorismo de Estado”.
O embaixador iraniano destacou que “tais ameaças, ao tentar normalizar o assassinato como ferramenta de política externa, estabelecem um precedente perigoso e refletem um flagrante desrespeito à ordem jurídica internacional”. Por isso, apelou à comunidade internacional para que “não permaneça em silêncio diante de violações tão flagrantes e crescentes do direito internacional”.
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