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"Não vou abrir mão do petróleo brasileiro para os outros explorarem", afirma Lula

“Não queremos prejudicar nada, mas não queremos abrir mão da riqueza do nosso país”, garante o presidente

Cerimônia de anúncio de investimentos da Petrobras em refino e petroquímica no Rio de Janeiro - Refinaria Duque de Caxias (Reduc), Duque de Caxias - RJ - 04.07.2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Guilherme Levorato avatar
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247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta sexta-feira (4), o uso soberano das reservas de petróleo do Brasil como instrumento de financiamento da transição energética e de promoção do desenvolvimento social. Durante cerimônia na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, Lula foi enfático ao rejeitar qualquer proposta de abrir mão da exploração do petróleo nacional por interesses estrangeiros.

“Tem gente que fala: ‘vamos acabar com o combustível fóssil’. Eu também sou favorável a acabar, quando a gente fizer do combustível fóssil o financiamento da chamada ‘transição energética’ que temos que fazer. Eu não vou abrir mão do petróleo brasileiro para os outros explorarem”, afirmou.

Petróleo como alavanca da justiça social – Lula ressaltou que a exploração dos recursos naturais deve ser feita com responsabilidade ambiental, mas sempre em favor do povo brasileiro. “Não queremos prejudicar nada, mas não queremos abrir mão da riqueza do nosso país, para favorecer o nosso povo. É com esse petróleo que vamos fazer o povo ficar rico”, disse.

Segundo o presidente, a Petrobras é peça-chave nesse processo, por sua atuação comprometida com metas climáticas e pela capacidade tecnológica que desenvolveu ao longo das últimas décadas. “Tenho orgulho de a Petrobras ser uma empresa que leva muito a sério a questão climática”, declarou.

Transição energética com soberania – A fala do presidente reforça a estratégia de usar os recursos gerados pelos combustíveis fósseis para financiar a transição energética no Brasil. Lula argumenta que o país pode – e deve – liderar esse processo sem comprometer sua autonomia sobre as riquezas naturais.

“Quero que a gente faça da forma mais saudável possível, da forma mais responsável possível”, completou. O presidente também reiterou a necessidade de proteger os interesses nacionais diante de pressões externas que, segundo ele, não levam em conta as desigualdades e os desafios históricos enfrentados pelo país.

Contexto: investimentos e protagonismo da Petrobras – As declarações ocorreram no mesmo evento que marcou o anúncio de mais de R$ 33 bilhões em investimentos da Petrobras no estado do Rio de Janeiro. A agenda da empresa, que inclui o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, e a ampliação da Refinaria Duque de Caxias, deve gerar mais de 100 mil empregos diretos e indiretos, consolidando a estatal como pilar da reindustrialização nacional e da transição energética.

Além de ampliar a produção de combustíveis como o diesel S-10 e o querosene de aviação, o plano prevê a fabricação de produtos renováveis, como HVO e SAF, com tecnologias de baixo impacto ambiental. A Petrobras também expandirá sua atuação em refinarias, petroquímica, fertilizantes e logística, com investimentos previstos de US$ 111 bilhões até 2029.

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