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Lula: "Petrobras é a bússola da economia brasileira"

Presidente critica desmonte da estatal em governos anteriores e defende papel social da empresa no combate à desigualdade

Lula durante Cerimônia de Anúncio de Investimentos da Petrobras em Refino e Petroquímica no Rio de Janeiro. Refinaria Duque de Caxias (REDUC), Duque de Caxias - RJ (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Guilherme Levorato avatar
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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (4), durante cerimônia na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, que a Petrobras é muito mais do que uma produtora de petróleo: é um pilar estratégico da economia nacional.

"A Petrobras não é uma empresa de petróleo. Se fosse só isso, seria igual às outras. A Petrobras é uma espécie de bússola da economia brasileira. Se a Petrobras vai bem, o Brasil vai bem. Se a Petrobras vai bem, as outras empresas vão bem", declarou Lula, destacando a importância da estatal como força indutora do desenvolvimento.

Acompanhado da presidente da empresa, Magda Chambriard, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o presidente participou do anúncio de mais de R$ 33 bilhões em investimentos no estado do Rio, com a perspectiva de gerar mais de 100 mil empregos diretos e indiretos.

Defesa da soberania energética e críticas à elite - Lula relembrou a origem da Petrobras, fundada em 1953 por Getúlio Vargas, e criticou setores da elite brasileira que, segundo ele, sempre resistiram à construção de uma empresa estatal forte. "Aquele complexo de vira-lata de parte da elite brasileira, de que tudo que é de lá [EUA] é bom e tudo daqui não presta", disse.

O presidente também criticou os processos de privatização ocorridos em gestões anteriores e lamentou a venda da BR Distribuidora, o que, segundo ele, hoje impede que o governo utilize a estrutura da Petrobras para aliviar o custo do gás de cozinha. "Hoje a Petrobras libera um botijão de gás de 13 kg por R$ 37 e ele chega à casa de um pobre a R$ 140. É injusto. É normal deixar que isso aconteça?", questionou.

Combate à desigualdade e papel do Estado - Ao reafirmar sua visão sobre o papel do Estado na regulação da economia, Lula foi direto: "Quando a gente fala que quer fazer as coisas, chamam a gente de populista. 'Está interferindo no mercado'. Eu quero interferir no mercado para baixar o preço da comida. É isso sim que eu quero fazer".

Segundo ele, o mercado não pode funcionar de forma indiferente à realidade da população mais pobre. "Se a gente não cuidar dessas pessoas que estão para trás, a gente não vai a lugar nenhum", afirmou.

Expansão e inovação com foco social - Durante a cerimônia, foram apresentados os novos projetos da Petrobras no Rio de Janeiro, com destaque para o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, que receberá R$ 26 bilhões em investimentos. A estrutura será integrada à Reduc e terá capacidade para ampliar a produção de diesel S-10, querosene de aviação, lubrificantes e biocombustíveis como HVO e SAF.

O plano de investimentos da estatal até 2029 prevê aportes totais de US$ 111 bilhões em todo o país, com foco em transição energética, ampliação da capacidade de refino e aumento da produção de combustíveis renováveis. Desse montante, R$ 100 bilhões serão destinados a áreas como Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes.

Além do impacto econômico, a Petrobras reafirma seu papel social por meio do programa Autonomia e Renda, que oferece cursos de capacitação a mais de 3 mil moradores do Rio de Janeiro, incluindo 980 em Duque de Caxias.

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