Comentário de filho de Malu Mader sobre morte de Juliana Marins gera revolta nas redes
João Mader Bellotto disse que “não tem pena” da brasileira que morreu na Indonésia
247 - Enquanto o Brasil acompanhava com comoção o trágico desfecho da morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, um comentário polêmico destoou da onda de solidariedade. João Mader Bellotto, filho da atriz Malu Mader e do músico Tony Bellotto, causou indignação nas redes sociais ao declarar que “não tem pena nenhuma” da jovem. A informação é do jornal O Globo.
A crítica de João veio em forma de texto nos stories do Instagram, acompanhado de vídeos de outros turistas enfrentando o mesmo percurso. “Isso sim é se colocar em risco. Vamos combinar, né. Curioso que essas pessoas não são punidas feito outras que não se colocam em risco em momento algum”, escreveu.
Em tom ainda mais duro, o ator e escritor questionou o papel da família de Juliana e sugeriu que a tragédia foi resultado de uma escolha irresponsável. “Fico pensando: essas pessoas não têm família? Mãe, pai? Pra fazer uma merda dessas? Buscam tanto a morte trágica, que uma hora a morte trágica vem. Eu não tenho pena nenhuma”, completou.
A repercussão negativa foi imediata. Diante da enxurrada de críticas, João apagou o post, mas voltou a se manifestar com um discurso menos agressivo, ainda que mantendo sua crítica à prática de trilhas em locais de alto risco. “Tem que proibir esses passeios, interditar. Por favor, não façam mais isso não, falo pela segurança de quem vai numa coisa dessas. É muito perigoso gente”, escreveu ele.
Em outra postagem, o jovem afirmou: “Eu não só não iria, como se eu tivesse um parente que quisesse ir eu o internaria em uma clínica. Não é exagero, nem brincadeira, eu já vi gente que foi internada porque estava no aeroporto com passagem comprada pra Colômbia.”
Apesar do novo tom, as declarações não evitaram que as redes sociais fossem inundadas de críticas. Internautas o acusaram de insensibilidade e de desrespeito à família da vítima. “Você não precisa transformar uma tragédia em palco para sua opinião sobre trilhas perigosas”, escreveu um seguidor antes dos comentários dos perfis de João serem desativados. Outros destacaram que, independentemente das escolhas pessoais de Juliana, o momento era de luto e respeito.
O caso Juliana Marins
Juliana Marins, publicitária e apaixonada por esportes e natureza, morreu no final de junho ao sofrer uma queda de aproximadamente 300 metros durante uma trilha no vulcão Rinjani, um dos pontos turísticos mais procurados da Indonésia por mochileiros.
A jovem estava viajando pela Ásia desde fevereiro e havia passado por Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar à Indonésia. Após o acidente, o corpo de Juliana foi localizado apenas quatro dias depois, em uma região de difícil acesso, o que gerou críticas à atuação das equipes de resgate locais.
O laudo da primeira autópsia, realizada em Bali, apontou múltiplas fraturas e hemorragia interna. Segundo o legista responsável, Juliana teria sobrevivido por aproximadamente 20 minutos após o impacto. Inconformada com as circunstâncias e o laudo inicial, a família da jovem pediu uma nova autópsia no Brasil, com o apoio da Defensoria Pública da União.
Juliana foi sepultada em Niterói, sua cidade natal, no início de julho. Amigos, familiares e figuras públicas prestaram homenagens e clamaram por respeito à memória da jovem. “Não esqueçam”, disse sua irmã Mariana ao deixar o Instituto Médico Legal no Rio de Janeiro.
Debate nas redes
Mesmo após a remoção dos posts e o bloqueio dos comentários, o caso envolvendo João Mader Bellotto continuou repercutindo em perfis de celebridades, páginas de fofoca e veículos de imprensa. Alguns internautas defenderam o direito do jovem de expressar sua opinião, enquanto a maioria criticou o que consideraram falta de empatia e sensibilidade em um momento de dor coletiva.
O debate levantou discussões sobre os limites entre opinião pessoal, liberdade de expressão e respeito ao sofrimento alheio. Enquanto isso, familiares de Juliana seguem buscando respostas e cobrando providências sobre o caso.
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