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Clube de Engenharia do Brasil repudia tarifas dos EUA e pede que forças da sociedade resistam à tentativa de ingerência

Medidas dos EUA "representam uma tentativa inaceitável de subordinação do Brasil", disse o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian

Trump anunciou que adotará uma tarifa comercial unilateral de 50% sobre as importações de todos os produtos brasileiros a partir de primeiro de agosto (Foto: Reuters)
Redação Brasil 247 avatar
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247 - O Clube de Engenharia do Brasil repudiou firmemente, nesta quinta-feira (10), as medidas comerciais impostas pelos Estados Unidos, governado pelo presidente Donald Trump. 

Mais cedo, Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Em carta de repúdio, o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, classificou as medidas como uma tentativa de 'subordinar' o Brasil.

O Clube de Engenharia também defendeu que os profissionais do setor e demais forças da sociedade brasileira resistam às medidas. Leia a íntegra da carta de repúdio: 

O Clube de Engenharia do Brasil, fiel à sua tradição de defesa da soberania nacional, da engenharia como instrumento do desenvolvimento e da democracia como valor inegociável, manifesta seu mais firme repúdio às recentes ações do governo dos Estados Unidos que impactam negativamente a economia brasileira e ferem o princípio da autodeterminação dos povos.

Tais medidas — sejam elas barreiras tecnológicas, sanções veladas, imposições regulatórias unilaterais ou pressões políticas — representam uma tentativa inaceitável de subordinação do Brasil a interesses geoestratégicos alheios ao nosso projeto nacional. Atentam contra setores fundamentais como a energia, a indústria de defesa, a tecnologia de ponta, a infraestrutura e a engenharia nacional.

A história ensina que o crescimento das nações passa pelo fortalecimento de suas capacidades produtivas, pela apropriação do conhecimento científico-tecnológico e pela autonomia na definição de seus rumos. Qualquer tentativa de restringir o acesso do Brasil às cadeias globais de valor de forma desigual, ou de limitar a atuação soberana do Estado em políticas industriais, configura uma afronta à democracia e ao desenvolvimento.

O Clube de Engenharia do Brasil conclama as instituições da República, os profissionais da engenharia, os cientistas, os sindicatos, as universidades e as forças vivas da sociedade brasileira a resistirem a toda forma de ingerência externa que comprometa o futuro do País.

Reafirmamos nosso compromisso com um Brasil soberano, democrático e tecnologicamente avançado, onde o conhecimento sirva ao interesse público e a engenharia seja motor de um desenvolvimento justo e inclusivo.

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2025.

Francis Bogossian

Presidente do Clube de Engenharia do Brasil


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