Ministro da Defesa pede ao STF para não depor como testemunha em ação sobre tentativa de golpe
José Múcio afirma “desconhecer os fatos” da acusação contra o tenente-coronel Rafael Oliveira, suspeito de monitorar o ministro do STF Alexandre de Moraes
247 - O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, encaminhou uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) para solicitar que não seja obrigado a depor como testemunha de defesa em uma das ações penais que apuram a tentativa de golpe de Estado. A solicitação, segundo O Globo, foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo na Corte, e se refere à indicação de Múcio feita pelo tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, um dos réus da investigação.
Segundo o documento protocolado, Múcio justificou que não tem conhecimento sobre os acontecimentos investigados. “O requerente informa que desconhece os fatos objeto de apreciação na presente ação penal, motivo pelo qual requer o indeferimento da sua oitiva na qualidade de testemunha”, escreveu a defesa do ministro no ofício enviado ao Supremo.
Rafael Oliveira é apontado como integrante do chamado “núcleo três” da suposta organização criminosa acusada de planejar um golpe de Estado. Este grupo, conforme a denúncia, é composto por nove militares e um policial federal. Entre os atos atribuídos ao tenente-coronel está a participação no plano denominado “Copa 2022”, que incluía o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes com a possível intenção de realizar um sequestro.
As oitivas das testemunhas ligadas ao núcleo três estão agendadas para a próxima semana. Antes disso, nesta terça-feira, serão ouvidos os indicados dos núcleos dois e quatro. O núcleo dois é acusado de atuar na gestão estratégica das ações do grupo, enquanto o núcleo quatro teria como função a disseminação de desinformação.
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