EUA sancionam o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel

247 - O Departamento de Estado dos Estados Unidos impôs sanções ao presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, a altos membros de seu governo e a seus familiares diretos, com a retirada de vistos, sob a justificativa de que seriam responsáveis por "graves violações dos direitos humanos" durante os protestos ocorridos em 2021, informou o canal RT.

“Em solidariedade ao povo cubano e aos presos políticos da ilha, os Estados Unidos estão designando líderes-chave do regime […] por sua participação em graves violações de direitos humanos”, declarou o governo norte-americano nesta sexta-feira (11).

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, rejeitou a imposição de sanções contra o presidente Miguel Díaz-Canel e outros altos funcionários do governo de seu país.

“Os EUA são capazes de impor sanções migratórias contra dirigentes revolucionários e de manter uma guerra econômica prolongada e impiedosa contra Cuba, mas não têm a capacidade de dobrar a vontade deste povo nem de seus dirigentes”, declarou o ministro em sua conta na rede X.

Em julho de 2021, Díaz-Canel acusou diretamente os Estados Unidos de aplicar “uma política de asfixia econômica” com o objetivo de provocar “um estouro social” para desestabilizar sua gestão, “desacreditar o governo e a revolução” e “fraturar a unidade do povo”, como parte de uma estratégia geral de mudança de regime.

Na ocasião, ele afirmou que “qualquer questionamento ou preocupação da população” seria “avaliado”, mas ressaltou que aqueles que incentivavam as manifestações “estimulam que as coisas se expressem de maneira desordenada”.

Recentemente, as autoridades da ilha divulgaram um vídeo de um cidadão cubano recrutado nos Estados Unidos para cometer ações terroristas na província de Cienfuegos. Nessa mesma linha, no último dia 3 de julho, a chancelaria cubana denunciou que Washington recruta e pressiona seus cidadãos para derrubar o governo.