ROMA (Reuters) - As pessoas poderão prestar suas últimas homenagens ao papa Francisco na Basílica de São Pedro de quarta a sexta-feira, informou o Vaticano em um comunicado.
O pontífice, que morreu aos 88 anos na segunda-feira, será velado dentro do caixão.
Fiéis católicos e o público em geral poderão vê-lo das 11h à meia-noite de quarta-feira, das 7h à meia-noite de quinta-feira e das 7h às 19h de sexta-feira, no horário local.
(Reportagem de Joshua McElwee)

Leonardo Sobreira

Corpo do Papa Francisco em caixão aberto na residência de Santa Marta, no Vaticano - 21/04/2025 

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Mundo

Papa Francisco será velado de quarta a sexta-feira

247 - A Santa Sé anunciou que o funeral do Papa Francisco, que faleceu na última segunda-feira aos 88 anos, ocorrerá no próximo sábado (26), às 10h (05h em Brasília), no Vaticano. O sepultamento está previsto para o mesmo dia, na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, encerrando o rito funeral após três dias de velório. A cerimônia final, segundo o Vaticano, será precedida por um período de visitação que começará na quarta-feira (23), na Basílica de São Pedro.
O corpo de Francisco permanece na capela da residência de Santa Marta, onde ele vivia e faleceu devido a um AVC, seguido de insuficiência cardíaca. Jorge Bergoglio, o nome de nascimento do Pontífice, repousa na capela com uma casula vermelha e mitra branca, segurando um rosário, enquanto dois guardas suíços o escoltam.
Na quarta-feira, às 09h (04h de Brasília), o caixão será levado em procissão até a Basílica de São Pedro, passando pela Praça Santa Marta e pela Praça dos Protomártires Romanos, de acordo com a Sala de Imprensa da Santa Sé. A procissão seguirá o Arco dos Sinos, a Praça de São Pedro e entrará na Basílica através da porta central, onde o cardeal camerlengo, Kevin Joseph Farrell, presidirá a liturgia.
O velório será realizado até o sábado, quando uma missa de corpo presente será celebrada na Praça de São Pedro, diante da Basílica, onde o Papa Francisco fez sua última aparição no Domingo de Páscoa. Ainda de acordo com o Vaticano, a missa será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio de Cardeais, e contará com a presença de patriarcas, cardeais, arcebispos, bispos e padres de todo o mundo.
Estima-se que meio milhão de fiéis compareçam ao funeral, além de líderes internacionais, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e chefes de Estado de diversas nações, incluindo Donald Trump, Emmanuel Macron e Volodymyr Zelensky.
A celebração será concluída com a "Ultima commendatio" e a "Valedictio", dando início aos "Novemdiales", os nove dias de luto e missas em sufrágio de Papa Francisco.
Atendendo a seu próprio pedido, o Papa Francisco escolheu simplificar as honras fúnebres. Ele será sepultado no mesmo caixão feito de madeira e zinco, sem seguir a tradição de sepultamentos papais em caixões de prata. Em um gesto de humildade, optou por ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não no Vaticano. O túmulo será simples, com apenas a inscrição "Franciscus", seu nome papal em latim.

Paulo Emilio

Funeral do Papa Francisco será realizado no sábado, diz Vaticano

247 - O conclave para a eleição de um novo Papa pode ser convocado entre 15 e 30 dias, afirmou nesta segunda-feira o bispo auxiliar da Arquidiocese da Mãe de Deus em Moscou, Rússia, Nicolai Dubinin, à Sputnik.
Mais cedo, a Santa Sé informou que o Papa Francisco faleceu nesta segunda-feira de Páscoa, aos 88 anos, em sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano. O cardeal Kevin Joseph Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, declarou que o pontífice morreu às 5h35 GMT (2h35 BRT).
“Tenho receio de cometer um erro agora, mas me parece que [o período para a realização do conclave] é de 15 a 30 dias ou um pouco mais de 30 dias,” disse Dubinin.

Papa Francisco abre a Porta Santa para marcar a abertura do Ano Santo Católico, ou Jubileu, na Basílica de São Pedro, no Vaticano - 08/12/2012

Conclave para eleger novo Papa pode ocorrer em 15 a 30 dias

ANSA - O papa Francisco pediu "desculpas" a todos aqueles que se sentiram ofendidos pelo uso de um termo ofensivo contra homossexuais durante um seminário, informou o Vaticano nesta terça-feira (28).&nbsp;
Em nota, a Sala de Imprensa da Santa Sé destacou que o Pontífice "nunca teve a intenção de ofender ou de se expressar em termos homofóbicos e pede desculpas àqueles que se sentiram ofendidos pelo uso de um termo, relatado por outros". 7
Ontem, a imprensa italiana divulgou que o líder da Igreja Católica, de 87 anos, fez comentários homofóbicos em uma reunião a portas fechadas com mais de 200 bispos italianos na inauguração da Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana (CEI) na Sala do Sínodo.
Na ocasião, Francisco teria lançado severos apelos por uma seleção mais rigorosa no acesso aos seminários, usando termos bem incisivos e até apontando o dedo contra o excesso de "frociaggine" [termo em italiano que pode ser traduzido como "viadagem"].&nbsp;
O severo pronunciamento do religioso, que surpreendeu os presentes, foi confirmado por várias fontes. Para Jorge Bergoglio, portanto, homossexuais não devem ser admitidos nos seminários. "
O papa Francisco tem conhecimento dos artigos publicados recentemente sobre uma conversa, a portas fechadas, com os bispos da CEI. Como teve a oportunidade de afirmar em diversas ocasiões 'na Igreja há espaço para todos, para todos! Ninguém é inútil, ninguém é supérfluo, há espaço para todos. Exatamente como somos, todos nós", acrescentou a nota do Vaticano.&nbsp;
A polêmica declaração do argentino provocou um "terremoto" na Itália, criando mais divisão entre os políticos do país. O general Roberto Vannacci, que será candidato pela Liga nas eleições europeias de 8 e 9 de junho e é chamado frequentemente de "antigay", criticou o fato de o Papa não ter sido questionado e atacado pela esquerda, apesar de ter considerado sua fala "um jargão".&nbsp;
"São palavras que se usam no jargão comum e não devem chocar ninguém. São expressões de natureza familiar e é um absurdo alguém gritar sobre herege. Estamos lidando com o absurdo de sempre do politicamente correto", afirmou.&nbsp;
O ponto-chave para Vannacci, porém, é o "duplo peso e duas medidas" em relação à suposta declaração do Papa. "Por que ninguém se levantou? Por que não foram 104 expostos em 104 promotorias italianas como aconteceu com o que escreveu? Por que Pucciarelli e Calenda não classificaram o Papa como homofóbico e instigador de ódio? E por que ninguém diz nada e ninguém se escandaliza?, questionou.&nbsp;
Segundo o general "antigay", "tudo isso certifica a total hipocrisia da esquerda e das diversas associações LGBTQIA+", que quando a direita fala "organizam manifestações na praça em confronto com a polícia e atirando brinquedos sexuais, mas quando é o Papa quem fala "ficam em silêncio e deixam tudo passar despercebido, evitando até destacar o que aconteceu".&nbsp;
A ministra do Turismo da Itália, Daniela Santanchè, disse que não se podia "tocar no Papa quando ele era politicamente correto", mas agora lhe renegam e dão sermão. "Mas quem somos nós para julgar?", questiona.&nbsp;
Já Carlo Calenda, líder do partido de centro Ação, disse esperar que as frases sobre os homossexuais atribuídas ao Papa "não sejam verdadeiras".
"Só posso imaginar e esperar que o que é relatado nas declarações do papa Francisco seja falso, também pela forma como ele usa os termos", declarou ele.
Calenda alertou ainda que "temos o dever de usar palavras de respeito para com aqueles que têm uma orientação própria, garantida entre outras coisas pela Constituição e pelos Tratados Europeus", além de "esclarecer formas de falar que são inadequadas, em particular pelo chefe da Igreja Católica".&nbsp;
"Sinto que vivo em um mundo surreal, então espero que tudo isso não seja verdade", acrescentou o político italiano, enfatizando que "tudo neste país, que só procura polêmicas diárias para polarizar um extremo contra o outro, é explorado".&nbsp;
"Acho que devemos dizer com muita clareza, mesmo quando o Papa diz coisas que não nos convencem. Graças a Deus somos uma República secular e, portanto, repito, espero que não seja verdade, realmente espero que não seja verdade", concluiu Calenda.

Tag: santa-se

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