247 – A ofensiva militar dos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã desencadeou uma onda de reações internacionais que vai da celebração israelense à condenação severa da Organização das Nações Unidas (ONU) e de diversos países. A <a href="https://www.reuters.com/world/americas/world-leaders-react-us-attack-iran-2025-06-22/">reportagem é da Reuters</a>, publicada neste domingo (22), após os ataques realizados no horário local iraniano contra os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou profunda preocupação com o uso da força por parte dos EUA. Em comunicado oficial, ele afirmou:
<blockquote>&nbsp;“Estou profundamente alarmado com o uso da força pelos Estados Unidos contra o Irã hoje. Esta é uma escalada perigosa em uma região já à beira do colapso – e uma ameaça direta à paz e segurança internacionais. Há um risco crescente de que este conflito fuja rapidamente do controle – com consequências catastróficas para civis, a região e o mundo. A única esperança é a paz.”</blockquote>
Entre os que saudaram os bombardeios, destacou-se o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em vídeo divulgado à imprensa, ele disse:
<blockquote>&nbsp;“Parabéns, presidente Trump. Sua ousada decisão de atacar as instalações nucleares do Irã com o poder formidável e justo dos Estados Unidos mudará a história... A história registrará que o presidente Trump agiu para negar ao regime mais perigoso do mundo as armas mais perigosas do mundo.”</blockquote>
Já o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, denunciou a ação como uma violação grave do direito internacional, da Carta da ONU e do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Em postagem na rede X (antigo Twitter), ele declarou:
<blockquote>&nbsp;“Os Estados Unidos, membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, cometeram uma grave violação ao atacar instalações nucleares pacíficas do Irã. Os acontecimentos desta manhã são ultrajantes e terão consequências duradouras. O Irã reserva todas as opções para defender sua soberania, interesses e povo.”</blockquote>
Outros países também se posicionaram. A Nova Zelândia classificou a ação como “extremamente preocupante” e apelou para que “todas as partes retornem às negociações”. O ministro Winston Peters enfatizou que “a diplomacia oferecerá uma resolução mais duradoura do que mais ação militar”.
O governo da Austrália também defendeu o diálogo:
<blockquote>&nbsp;“A situação de segurança na região é altamente volátil. Continuamos a pedir desescalada, diálogo e diplomacia.”</blockquote>
No México, a chancelaria publicou mensagem na qual pede “diálogo diplomático urgente” e reafirma o compromisso pacifista do país.
<blockquote>&nbsp;“A restauração da convivência pacífica entre os Estados da região é a prioridade máxima.”</blockquote>
A Venezuela, por meio do chanceler Yvan Gil, atribuiu os ataques à influência israelense e pediu cessar-fogo imediato:
<blockquote>&nbsp;“A República Bolivariana da Venezuela condena de forma firme e categórica os bombardeios realizados pelos Estados Unidos, a pedido de Israel, contra instalações nucleares do Irã.”</blockquote>
Também em tom crítico, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, escreveu na rede X:
<blockquote>&nbsp;“Condenamos veementemente o bombardeio dos EUA contra instalações nucleares do Irã, o que constitui uma escalada perigosa do conflito no Oriente Médio e uma violação grave da Carta da ONU.”</blockquote>
A ação norte-americana, ao invés de encerrar tensões, parece ter intensificado a instabilidade em uma das regiões mais delicadas do planeta. Enquanto aliados pontuais, como Israel, exaltam a ofensiva, o apelo da ONU e de várias nações por prudência e diplomacia ressalta o temor de que o mundo esteja diante de uma nova e imprevisível escalada de violência.

Redação Brasil 247

Secretário-geral da ONU, António Guterres - 08/09/2023


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Mundo

ONU condena agressão dos Estados Unidos ao Irã; veja como outros líderes reagiram

Reuters – O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou na sexta-feira uma profunda preocupação com a escalada das tensões entre Israel e o Hezbollah, no Líbano, ressaltando que as forças de paz da ONU estão trabalhando para acalmar a situação e evitar erros de cálculo.
"Um movimento imprudente – um erro de cálculo – pode desencadear uma catástrofe que vai muito além da fronteira, e francamente, além da imaginação", disse Guterres a jornalistas. "Vamos ser claros: as pessoas da região e do mundo não podem permitir que o Líbano se torne outra Gaza."
O Hezbollah, apoiado pelo Irã, tem lançado foguetes contra Israel em solidariedade ao seu aliado palestino, o Hamas, desde que a guerra em Gaza eclodiu em outubro, forçando dezenas de milhares de pessoas a abandonarem suas casas em Israel, onde a pressão política por uma ação mais rigorosa está crescendo. Dezenas de milhares de libaneses também fugiram de suas casas após ataques israelenses no sul do Líbano.
António Guterres participou de uma sessão sobre Inteligência Artificial (IA), Energia, África e Mediterrâneo no segundo dia da cúpula do G7 em Borgo Egnazia, Itália, em 14 de junho de 2024. (REUTERS/Louisa Gouliamaki/Fotografia de Arquivo)
A missão do Irã na ONU afirmou na sexta-feira que o Hezbollah tem capacidade para se defender e defender o Líbano contra Israel, alertando que "talvez tenha chegado a hora da autodestruição deste regime ilegítimo". "Qualquer decisão imprudente do regime ocupante israelense para se salvar pode mergulhar a região em uma nova guerra", postou a missão do Irã na ONU na rede X.
Uma força de paz da ONU, UNIFIL, bem como observadores técnicos desarmados conhecidos como UNTSO, estão há muito tempo estacionados no sul do Líbano para monitorar as hostilidades ao longo da linha de demarcação entre Líbano e Israel, conhecida como Linha Azul. "Os capacetes azuis da ONU estão no terreno trabalhando para diminuir as tensões e ajudar a prevenir erros de cálculo", disse Guterres.
"O mundo deve dizer alta e claramente: a desescalada imediata não é apenas possível – é essencial", afirmou ele. "Não há solução militar."

Secretário-geral da ONU, António Guterres


Chefe da ONU alerta: Líbano não pode se tornar outra Gaza

247 – O secretário-Geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, condenou veementemente a "grave escalada" causada pelo ataque em grande escala contra Israel pelo Irã. Guterres, em comunicado divulgado no sábado, pediu uma cessação imediata das hostilidades e instou todas as partes envolvidas a exercerem o máximo de contenção para evitar confrontos militares de grande magnitude no Oriente Médio.
De acordo com a Missão Permanente do Irã junto à ONU, o país realizou uma série de ataques militares contra alvos militares israelenses nas últimas horas de 13 de abril. O Irã justificou esses ataques como exercício de seu direito inerente à autodefesa, conforme estabelecido no Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, em resposta às agressões militares recorrentes de Israel, particularmente o ataque armado em 1º de abril contra instalações diplomáticas iranianas em Damasco, na Síria.
Em sua comunicação ao Conselho de Segurança da ONU, a Missão Iraniana afirmou que o Conselho falhou em sua obrigação de manter a paz e segurança internacionais, permitindo que o regime israelense ultrapasse limites e viole princípios fundamentais do direito internacional. Essas violações, segundo o Irã, exacerbaram as tensões na região e ameaçaram a paz e segurança regionais e internacionais.
O Irã afirmou que não hesitará em exercer seu direito inerente à autodefesa quando necessário. A Missão reiterou sua determinação inabalável em defender seu povo, segurança nacional e interesses, soberania e integridade territorial contra qualquer ameaça ou ato de agressão, prometendo responder vigorosamente e de acordo com o direito internacional a qualquer provocação militar adicional pelo regime israelense.
A situação representa um desafio significativo para a comunidade internacional, especialmente para a ONU, que tem o papel de mediar conflitos e promover a paz mundial. A preocupação com a possibilidade de uma escalada militar regional é evidente, dada a natureza volátil das relações entre o Irã e Israel e o histórico de confrontos na região.
A declaração do Secretário-Geral Guterres ecoa um apelo urgente para a contenção e a busca de soluções diplomáticas para resolver as tensões crescentes. O mundo observa atentamente o desenrolar dos eventos e espera que todas as partes envolvidas demonstrem moderação e busquem o diálogo como meio de evitar uma catástrofe maior.

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