247 - O ministro da Economia do México, Marcelo Ebrard, afirmou neste sábado (12) que o país segue em negociações com os Estados Unidos para tentar barrar a tarifa de 30% anunciada pelo ex-presidente Donald Trump sobre produtos mexicanos. A declaração foi feita em comunicado oficial divulgado pelo governo mexicano. As informações são da<a href="https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/ministro-da-economia-do-mexico-diz-que-pais-segue-negociando-com-os-eua-2/"> CNN Brasil.</a>
Segundo Ebrard, uma delegação do México foi enviada a Washington na sexta-feira (11) para discutir uma solução com representantes da Casa Branca. Durante o encontro, os mexicanos foram informados de que receberiam uma carta formal sobre a nova política tarifária americana, o que de fato ocorreu.
O governo mexicano reagiu com firmeza. “Mencionamos na mesa que era um tratamento injusto e que não concordamos”, afirmou o comunicado, reforçando a posição contrária à imposição unilateral da tarifa.
Em resposta à ameaça de sobretaxa, os dois países decidiram estabelecer uma mesa permanente de negociações e criaram um grupo de trabalho binacional. O objetivo é chegar a um entendimento antes de 1º de agosto, prazo em que as tarifas devem começar a valer.
“Foi concordado que a primeira grande tarefa da mesa permanente binacional será conduzir as obras para que, antes dessa data [1º de agosto], tenhamos uma alternativa que permita proteger empresas e empregos em ambos os lados da fronteira”, acrescentou o governo do México.
Mais cedo, Donald Trump justificou a medida alegando que o México tem falhado em conter o tráfico de drogas. “O México ainda não deteve os cartéis que estão tentando transformar toda a América do Norte em um playground do narcotráfico. Obviamente, não posso deixar isso acontecer!”, declarou o republicano. “A partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do México uma tarifa de 30% sobre produtos mexicanos enviados para os Estados Unidos, separadamente de todas as tarifas setoriais.”
A escalada na tensão comercial ocorre em um momento delicado para as economias dos dois países e levanta preocupações sobre os impactos no setor produtivo e no comércio bilateral. O México é o principal parceiro comercial dos EUA em diversos setores industriais e agrícolas.
O governo mexicano afirma que está empenhado em proteger seus interesses econômicos e que vai continuar negociando para evitar os prejuízos decorrentes da decisão de Trump. A expectativa é que, com o novo canal de diálogo aberto, as partes possam chegar a um entendimento antes do prazo final.

Laís Gouveia

Ministro da Economia do México, Marcelo Ebrard, em coletiva de imprensa na Cidade do México

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Mundo

México tenta evitar tarifa de Trump e acelera negociações com os EUA

247 - Um grupo de navios de guerra russos da Frota do Norte entrou no porto venezuelano de La Guajira nesta terça-feira (2), informou um correspondente da Sputnik. O destacamento de navios inclui a fragata Admiral Gorshkov e o submarino nuclear Kazan.
A força de ataque naval da Frota do Norte da Rússia inclui o submarino de mísseis de cruzeiro Kazan, da classe Yasen, a fragata Admiral Gorshkov, o navio-tanque de abastecimento Akademik Pashin e o rebocador de resgate Nikolai Chiker.
No mês passado, um grupo de navios de guerra russos fez uma escala em Cuba &nbsp;como parte de uma missão maior de cooperação internacional. Após a chegada dos navios militares russos a Cuba, o Comando Sul dos EUA destacou o submarino de ataque rápido USS Helena para a base naval dos EUA em Guantánamo.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Chegada do navio petroleiro Akademik Pashin e da fragata almirante Gorshkov, da frota do Mar do Norte da Rússia à Venezuela. <a href="https://twitter.com/hashtag/Venezuela?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Venezuela</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Russia?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Russia</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Russian?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Russian</a> <a href="https://t.co/e3KEBz8Wsb">pic.twitter.com/e3KEBz8Wsb</a>&mdash; HbjR (@hbj_r77032) <a href="https://twitter.com/hbj_r77032/status/1808219788570943831?ref_src=twsrc%5Etfw">July 2, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Membros da comunidade russa observam a fragata russa Almirante Gorshkov entrando na baía de Havana, Cuba, 12 de junho

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América Latina

Frota naval russa chega à Venezuela (vídeo)

247 - Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou o fechamento temporário da fronteira com o México para solicitantes de asilo, provocando críticas que o comparam ao seu antecessor, Donald Trump. Ao contrário de Trump, cujas ações foram barradas na Justiça, Biden enfrenta uma crescente pressão devido ao aumento das entradas na fronteira. Entretanto, estudos revelam que a chamada "crise migratória" pode, na verdade, trazer um enorme benefício econômico ao país, destaca o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2024/06/06/bode-expiatorio-na-eleicao-dos-eua-imigracao-impulsionara-crescimento-economico-do-pais-em-us-7-trilhoes.ghtml">O Globo</a>. Projeções do Departamento de Orçamento do Congresso (CBO) indicam que a absorção de mão de obra estrangeira pode adicionar US$ 7 trilhões ao PIB americano e US$ 1 trilhão às receitas federais até 2034.
A imigração, vista como um ponto fraco do governo Biden, bateu recorde em dezembro com 370 mil entradas na fronteira. Esse aumento não apenas aqueceu o mercado de trabalho, mas também fomentou o consumo, conforme apontado em um estudo do Hamilton Project baseado em dados do CBO. 
Segundo Roberto Spighel, especialista em migração e CEO da SG Global Group, embora haja custos iniciais, como aumento das despesas com educação e saúde, os benefícios econômicos a longo prazo superam essas despesas. "A mão de obra imigrante ajudou a preencher o boom de vagas disponíveis na economia americana pós-pandemia", explica Spighel, destacando também o aumento na procura por bens e serviços e a contribuição para as receitas fiscais. "Imigrantes frequentemente ocupam empregos que são menos atrativos para os trabalhadores nativos, ajudando a manter a competitividade de setores essenciais como agricultura, construção e serviços."
Spighel sugere que a situação dos solicitantes de asilo poderia ser resolvida com leis que facilitem sua documentação e consequente contribuição financeira ao país. Atualmente, migrantes nessa situação podem trabalhar legalmente somente 150 dias após o pedido de asilo, o que muitas vezes os empurra para a informalidade, elevando os custos com políticas assistenciais. Apesar dos desafios, há inúmeros exemplos de imigrantes que impulsionaram a economia americana. A revista Fortune destaca que 44% das 500 maiores empresas dos EUA foram fundadas por imigrantes ou seus filhos.
O censo de 2020 revelou o menor crescimento populacional nos EUA desde a Grande Depressão, com um aumento significativo na quantidade de adultos e uma queda no número de crianças, refletindo a baixa natalidade. A imigração, segundo o CBO, tornou-se o principal impulsionador do crescimento populacional, crucial para mitigar os desafios econômicos e sociais do envelhecimento da população nativa. "A imigração desempenha um papel crucial na redução da pressão sobre os sistemas de previdência social e saúde", afirma Spighel, destacando que imigrantes legais pagam mais impostos do que recebem de benefícios, contribuindo desproporcionalmente para a previdência dos americanos aposentados.

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