Ministério da Saúde amplia oncologia em BH e retoma produção nacional de insulina
Hospital Universitário Ciências Médicas ganha serviço de hematologia; país volta a produzir insulina após 20 anos, diz Alexandre Padilha
247 - O Hospital Universitário Ciências Médicas (HUCM), em Belo Horizonte (MG), foi habilitado neste sábado (12) com serviço de hematologia de alta complexidade, beneficiando mais de 5,5 milhões de pessoas com a ampliação do atendimento oncológico na região. A medida integra o programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde, voltado à redução do tempo de espera por consultas, exames e cirurgias. A informação é do Ministério da Saúde, que divulgou a assinatura da portaria pelo ministro Alexandre Padilha durante agenda em Minas Gerais.
Com os novos recursos, o HUCM — vinculado à Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma) e com 100% da capacidade voltada ao Sistema Único de Saúde (SUS) — poderá realizar mais de 2 mil cirurgias e 17 mil procedimentos especializados por ano, como colonoscopias, consultas e biópsias. Segundo Padilha, o objetivo é garantir agilidade no tratamento do câncer: “Com isso, queremos assegurar que o diagnóstico ocorra em até 30 dias e que o início do tratamento aconteça, no máximo, em mais 30 dias. No caso do câncer, isso é decisivo. No câncer, o tempo é vida”, afirmou o ministro.
Além disso, o Brasil contará com o Super Centro Brasil para Diagnóstico de Câncer, que usará tecnologia de ponta para reduzir de 25 para cinco dias o tempo de emissão de laudos médicos no SUS. A meta é realizar até mil laudos por dia — o equivalente a 400 mil por ano — com o apoio técnico do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Durante visita ao Laboratório de Simulação Realística (LabSim), da Faculdade de Ciências Médicas, Padilha destacou o papel da inovação no ensino da saúde. Com o uso de inteligência artificial e manequins realistas, o espaço permite que estudantes treinem situações clínicas de urgência e emergência. “É uma forma de preparar melhor os futuros profissionais para os desafios reais do SUS”, observou.
Ainda em Minas Gerais, o ministro visitou o Centro Materno Infantil de Contagem, unidade filantrópica sob gestão municipal. O Ministério da Saúde destinou à unidade R$ 2,9 milhões e anunciou mais R$ 24 milhões em parcela única para fortalecer ações locais, como a abertura de leitos de UTI infantil. Além disso, recursos permanentes de R$ 96 milhões por ano estão sendo incorporados via Agora Tem Especialistas para ampliar a oferta de cirurgias cardíacas, cateterismos e exames especializados.
A expectativa é que, com esse investimento, o município realize 1.000 cirurgias cardíacas, 500 cateterismos e 500 exames especializados anualmente, contribuindo para reduzir as filas e aumentar a capacidade de atendimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Insulina nacional volta a ser produzida após duas décadas
A agenda de Padilha em Minas teve início na sexta-feira (11), com a entrega simbólica do primeiro lote de insulinas produzidas no país, após 20 anos de dependência externa. A cerimônia ocorreu na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG), e marcou a retomada da produção nacional por meio das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Foram entregues 207.385 unidades: 67.317 de insulina regular e 140.068 de insulina NPH.
Com a conclusão da transferência de tecnologia, o Brasil passará a fabricar 50% da demanda nacional dessas duas versões ofertadas pelo SUS — o equivalente a cerca de 45 milhões de doses por ano. Segundo o ministério, isso reforça a política de acesso gratuito a medicamentos e amplia a autonomia do país na produção de insumos essenciais.
Padilha também participou da 16ª edição do Conexão Empresarial Anual 2025, em Ouro Preto, onde apresentou medidas de fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), com foco na soberania sanitária, inovação tecnológica e geração de empregos.
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