Nova Zelândia aprova uso de 'cogumelos mágicos' para tratar depressão
Somente um psiquiatra altamente experiente foi autorizado a prescrevê-la no país
247 - Ministro associado da Saúde da Nova Zelândia, David Seymour anunciou nesta que o país flexibilizou, pela primeira vez, as regras para o uso de psilocibina. Somente um psiquiatra altamente experiente foi autorizado a receitar a substância no país. De acordo com o político, a proposta representa um "verdadeiro avanço", embora a substância permaneça como "medicamento não aprovado". Os relatos foram publicados no The Independent.
"A psilocibina continua sendo um medicamento não aprovado, mas um psiquiatra altamente experiente recebeu autorização para prescrevê-la a pacientes com depressão resistente a tratamento", declarou Seymour. "Isso é enorme para pessoas com depressão que tentaram tudo e ainda sofrem. Se um médico acredita que a psilocibina pode ajudar, ele deve ter ferramentas para tentar."
O psiquiatra Cameron Lacey, responsável pelos primeiros ensaios clínicos com psilocibina no país, é o único profissional autorizado a prescrever a substância. O ministro afirmou que o professor da Universidade de Otago "já prescreveu psilocibina em ensaios clínicos e operará sob requisitos rigorosos de registro e relatórios".
Outros países
A psilocibina é um composto psicodélico natural encontrado em certas espécies de cogumelos (conhecidos como "cogumelos mágicos"). A substância tem histórico de uso em rituais indígenas de cura nas Américas Central e do Sul.
Ainda conforme a reportagem do jornal europeu, estudos indicaram que 80% dos pacientes tratados com a substância apresentaram queda nos sintomas de ansiedade e depressão por seis meses ou mais.
A Nova Zelândia é o mais recente país a autorizar seu uso medicinal. Na Austrália alguns psiquiatras passaram a ter direito de prescrever a substância a partir de 2023, mas apenas para condições mentais específicas.
A Suíça autoriza o uso compassivo restrito de LSD, MDMA e psilocibina. Nos Estados Unidos, apenas Oregon e Colorado regulamentaram seu uso terapêutico - outros estados norte-americanos permitem acesso limitado.
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