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Von der Leyen critica tarifa de Trump e diz que medida prejudica empresas e pacientes dos dois lados do Atlântico

Presidente da Comissão Europeia afirma que UE busca acordo com os EUA até 1º de agosto, mas promete contramedidas proporcionais caso ele fracasse

Ursula von der Leyen em Bruxelas - 6/3/2025 (Foto: REUTERS/Stephanie Lecocq)
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247 - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, criticou abertamente a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 30% sobre produtos europeus e mexicanos. Em publicação feita nesta sexta-feira (12) na rede social X, Von der Leyen alertou que a medida poderá “prejudicar empresas, consumidores e pacientes” tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. A declaração foi divulgada logo após o anúncio formal de Trump, também nas redes sociais, sobre a nova alíquota tarifária.

A líder do bloco europeu reforçou o compromisso da União Europeia em seguir negociando com os Estados Unidos. “Uma tarifa de 30% sobre as exportações da UE prejudicaria empresas, consumidores e pacientes em ambos os lados do Atlântico. Continuaremos trabalhando para chegar a um acordo até 1º de agosto", escreveu ela.

Von der Leyen também ressaltou que o bloco está preparado para responder com firmeza, caso não haja consenso até a data-limite. “Trabalhamos para proteger os interesses da UE com base em contramedidas proporcionais”, afirmou.

As tarifas impostas por Trump vêm em meio a uma escalada de tensões comerciais com a Europa. No início de abril, no chamado “Dia da Libertação”, o republicano havia anunciado uma tarifa de 20% sobre produtos da UE, mas recuou para 10% como parte de uma trégua de 90 dias nas negociações multilaterais. Após frustrações com o ritmo das tratativas, o presidente voltou à ofensiva e ameaçou uma alíquota ainda mais alta, de até 50%. A imposição de 30% anunciada agora parece ser uma tentativa de pressionar o bloco a acelerar os acordos.

Apesar da tensão, autoridades europeias mantêm a disposição de diálogo. No início da semana, a União Europeia afirmou que estava próxima de concluir um acordo com Washington, após uma conversa entre Von der Leyen e Trump. O novo primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, também se manifestou nas redes sociais: “A UE deve permanecer unida e firme na busca de um resultado com os Estados Unidos que seja mutuamente benéfico.”

As tarifas propostas por Trump são distintas daquelas aplicadas anteriormente a setores específicos, como os de automóveis e aço. Caso se concretizem, poderão criar desequilíbrios competitivos entre a União Europeia e o Reino Unido — que deixou o bloco em 2020 e já possui um acordo comercial robusto com os EUA.

Com o prazo de negociação se estreitando, o futuro das relações comerciais transatlânticas segue incerto. Resta saber se a pressão tarifária de Trump surtirá o efeito desejado ou se abrirá caminho para uma nova rodada de retaliações.

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