Tucker Carlson denuncia que Epstein atuou para o Mossad e usou ilha para chantagem política em favor de Israel
Durante discurso na conferência da Turning Point USA, comentarista afirma que Epstein trabalhava para governo estrangeiro e questiona silêncio sobre Israel
247 - Durante uma palestra na conferência conservadora Student Action Summit, organizada pela Turning Point USA em Tampa, na Flórida, o comentarista político Tucker Carlson sugeriu que Jeffrey Epstein atuava em nome da inteligência israelense. A fala ocorreu na última sexta-feira e foi repercutida por diversos veículos, incluindo The Jerusalem Post, que destacou o tom provocador e conspiratório do ex-apresentador da Fox News.
“É extremamente óbvio para qualquer um que preste atenção que esse cara tinha conexões diretas com um governo estrangeiro. Ninguém pode dizer que esse governo é Israel, porque fomos, de alguma forma, condicionados a achar que isso é proibido”, afirmou Carlson ao público conservador. “Não há nada de antissemita nisso. Não é sequer anti-Israel”, completou.
Carlson levantou a hipótese de que Epstein estivesse envolvido em uma operação de chantagem a serviço do Mossad, serviço de inteligência de Israel, e questionou a origem de sua fortuna e influência. “A verdadeira questão não é se Jeffrey Epstein era um esquisitão que abusava de garotas. A verdadeira questão é por que ele fazia isso, em nome de quem, e de onde vinha o dinheiro”, declarou.
Para o comentarista, a hesitação em discutir abertamente essas questões se deve ao medo de parecer preconceituoso, o que, segundo ele, distorce o debate público. “As pessoas sentem que não podem dizer: ‘O que diabos é isso? Você tem o ex-primeiro-ministro de Israel morando na sua casa, teve todo esse contato com um governo estrangeiro. Você estava trabalhando para o Mossad? Estava tocando uma operação de chantagem em nome de outro país?’”, disparou.
Carlson afirmou ainda que essa suspeita seria amplamente compartilhada nos bastidores do poder em Washington. “Cada pessoa que conheço em Washington, DC, pensa isso. Nunca conheci alguém que não pense. E nenhum deles odeia Israel”, disse ele, reforçando que criticar a conduta de uma agência de governo não o torna inimigo de nenhum país: “Criticar o comportamento de uma agência de governo não faz de você um odiador; faz de você uma pessoa livre.”
No discurso, Carlson também comparou sua teoria sobre Epstein com sua crença de que a CIA teria envolvimento no assassinato do ex-presidente John F. Kennedy, argumentando que desconfianças sobre ações secretas de governos são legítimas em uma democracia. “Acho melhor simplesmente dizer isso em voz alta: isso aconteceu?”, questionou, referindo-se à possível ligação de Epstein com a inteligência estrangeira. “É claro que essa pergunta já foi feita ao governo de Israel, e a resposta deles é ‘não vamos contar’.”
O pronunciamento de Carlson ocorreu poucos dias após o Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgar um memorando confirmando que Epstein morreu por suicídio e negando a existência de uma “lista de clientes” com nomes de indivíduos chantageados em seu esquema de tráfico sexual de menores.
Segundo o documento oficial, “também não foram encontradas evidências confiáveis de que Epstein tenha chantageado indivíduos proeminentes como parte de suas ações. Não identificamos provas que justificassem investigações contra terceiros não acusados.”
Ainda assim, o comentarista conservador argumentou que o mandado de busca original do caso teria sido redigido de forma a proteger Epstein, o que, segundo ele, explicaria a ausência de revelações mais contundentes. Carlson também criticou a postura do governo americano, afirmando que se os Estados Unidos continuam financiando Israel, “os cidadãos têm o direito de saber” se o Mossad cometeu crimes em território americano.
O caso continua a provocar controvérsia, especialmente entre apoiadores do ex-presidente Donald Trump, que acusam a ex-procuradora-geral da Flórida, Pam Bondi, de ter retido informações cruciais do público. Uma fonte da administração Trump, porém, afirmou à CNN que Bondi “bagunçou o caso desde o início”, ao prometer revelações bombásticas e entregar apenas documentos já conhecidos.
Mesmo diante da negativa do Departamento de Justiça em liberar mais informações, Carlson afirmou que acredita que novos detalhes ainda virão à tona sobre o caso Epstein.
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