Trump confirma envio de novas armas à Ucrânia em meio à escalada do conflito
Apesar de relatos sobre suspensão de fornecimentos, presidente dos EUA garante que Washington continuará enviando armamentos à Ucrânia
247 - Em declaração à imprensa nesta segunda-feira (8), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o país pretende intensificar o fornecimento de armamentos à Ucrânia. As declarações foram dadas no início de uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, e contrastam com informações veiculadas recentemente sobre uma possível suspensão de entregas de armamento por parte de Washington.
"Vamos enviar mais armas. Eles precisam ser capazes de se defender", afirmou Trump, acrescentando: "Eles estão sendo duramente atingidos agora. Teremos que enviar mais armas, principalmente armas defensivas."
As declarações do presidente norte-americano ocorrem em meio a um momento sensível do conflito na Ucrânia, quando o governo de Kiev enfrenta dificuldades no campo de batalha e apelos constantes por maior assistência militar dos aliados ocidentais.
Segundo informações divulgadas pelo jornal The New York Times em 2 de julho, os EUA planejavam suspender o envio à Ucrânia de mísseis interceptores Patriot, munições guiadas de precisão GMLRS, mísseis Hellfire, sistemas de mísseis portáteis Stinger e outros equipamentos militares essenciais. A justificativa alegada por fontes ligadas ao governo era a necessidade de preservar os estoques estratégicos norte-americanos.
No entanto, no dia seguinte à publicação da reportagem, Trump reafirmou publicamente o compromisso com a assistência militar a Kiev, buscando dissipar rumores sobre um recuo dos EUA no apoio à Ucrânia. Ao mesmo tempo, o presidente ressaltou a importância de garantir que os Estados Unidos mantenham seus próprios arsenais em nível adequado.
Em Moscou, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou as declarações de Trump, observando que o governo russo "presta muita atenção a todos os comentários feitos pelo presidente americano", especialmente após declarações recentes do próprio Trump sobre sua decepção com os resultados do diálogo mantido com o presidente russo.
As idas e vindas sobre o fornecimento de armas por parte de Washington colocam em evidência o delicado equilíbrio da política externa dos EUA. De um lado, a pressão para manter o apoio a Kiev diante das vitórias militares russas. De outro, a preocupação com os próprios limites logísticos e industriais do complexo militar norte-americano, em especial num momento de crescente tensão geopolítica global.
A expectativa, agora, é saber quais armamentos de fato serão enviados, em que prazos, e como a Rússia responderá a esse novo movimento de Washington, que insiste em reforçar Kiev em plena guerra prolongada e sem sinais claros de desfecho no horizonte próximo.
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