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Rússia promete “resposta proporcional” a qualquer ameaça da Otan, diz deputado

Leonid Slutsky criticou secretário-geral da Otan por deslegitimar negociações de paz e acusou o Ocidente de apostar na força em vez do diálogo

O parlamentar russo Leonid Slutsky em reunião no Kremlin - 13/02/2023 (Foto: Divulgação/Presidência russa)
Luis Mauro Filho avatar
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247 - A Rússia está preparada para responder de forma proporcional a qualquer ameaça vinda da Otan, afirmou nesta segunda-feira (24) o deputado Leonid Slutsky, presidente do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma Estatal e líder do Partido Liberal Democrático da Rússia (LDPR). As declarações foram publicadas pela agência estatal russa TASS.

Slutsky se manifestou após o novo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, minimizar a importância das negociações entre Rússia e Ucrânia realizadas em Istambul, qualificando-as como "não sérias". Para o parlamentar russo, esse tipo de retórica revela a recusa do Ocidente em apostar em soluções diplomáticas para o conflito. "O que quer dizer esse ‘estrategista’ da Otan ao afirmar que espera por 'conversas sérias'? Como de costume no Ocidente, não se aposta em mecanismos político-diplomáticos, mas sim na coerção pela força", escreveu Slutsky em seu canal no Telegram.

O deputado russo defendeu as conversas de Istambul como uma via legítima de paz. "As negociações em Istambul representam uma oportunidade real de cessar as hostilidades, salvar vidas e alcançar uma resolução duradoura", ressaltou.

Segundo Slutsky, a situação no campo de batalha tem se deteriorado para o regime de Kiev, e repetir o discurso de líderes ocidentais apenas enfraquece a posição ucraniana. "Repetir que as negociações não são sérias, como dizem os políticos ocidentais, é um tiro no pé do regime de Kiev", declarou.

O parlamentar ainda acusou a Otan de tentar sustentar um governo que, segundo ele, se firmou sobre o “ódio armado à Rússia e o neonazismo”. "A bravata da Otan não será capaz de salvar o regime ucraniano, que embarcou num caminho de russophobia armada e acionou assim seu próprio mecanismo de autodestruição", completou.

As falas de Slutsky ocorrem em meio à continuidade das trocas de prisioneiros entre Moscou e Kiev. Após duas rodadas de conversações na Turquia, os dois países acertaram uma troca no formato "1.000 por 1.000", incluindo feridos graves, militares com menos de 25 anos e outras categorias sob um arranjo do tipo “todos por todos”. Em 9, 10, 12 e 14 de junho, a Rússia repatriou quatro grupos de seus soldados capturados, enquanto entregou ao governo ucraniano número equivalente de combatentes.

Além disso, Moscou devolveu 6.060 corpos de militares ucranianos e recebeu, em contrapartida, 78 corpos de soldados russos.

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