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Resgate de brasileira em vulcão na Indonésia é suspenso pelo terceiro dia devido ao mau tempo

Juliana Marins, de 26 anos, está presa há mais de três dias em área remota e sem alimentos

Brasileira aguarda o resgate (Foto: Reprodução)
Laís Gouveia avatar
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247 - As equipes de resgate precisaram suspender, pelo terceiro dia consecutivo, as operações para salvar a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que permanece presa em uma área de difícil acesso no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. A jovem, que está desaparecida desde sexta-feira (21), escorregou e caiu durante uma trilha na montanha, ficando isolada em um local remoto e sem condições de se movimentar. As informações são do UOL .

Segundo a família, as equipes de busca conseguiram descer cerca de 250 metros até a posição em que Juliana foi novamente localizada, mas ainda estão a uma distância de aproximadamente 350 metros da brasileira. As condições climáticas, no entanto, se deterioraram ao longo da tarde desta segunda-feira (22), forçando a suspensão temporária da operação por volta das 16h no horário local (5h da manhã no horário de Brasília).Apesar da interrupção, uma equipe de suporte permanecerá no ponto onde as buscas pararam para tentar retomar o resgate ao amanhecer, caso o clima permita. Devido ao terreno e à falta de visibilidade, é impossível prosseguir durante a noite.

Mesmo diante da gravidade do caso, o Parque Nacional de Rinjani segue funcionando normalmente e turistas continuam realizando trilhas pelo local onde a jovem caiu. Juliana está sem água, comida ou abrigo adequado desde o acidente. Ela vestia apenas calça jeans, camiseta, luvas e tênis, e, segundo relatos da família, estava sem agasalho e sem os óculos, o que agrava ainda mais sua situação, já que tem miopia.

O Itamaraty informou que acompanha de perto o caso e que funcionários da embaixada brasileira na Indonésia estão prestando apoio e monitorando o resgate. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que autoridades locais "no mais alto nível" foram mobilizadas para reforçar as equipes de busca.

Juliana, que trabalha como publicitária, estava na Ásia desde o final de fevereiro, realizando um mochilão por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia, antes de seguir para a Indonésia. A viagem foi organizada por uma agência de turismo, que agora é alvo de críticas da família.Segundo a irmã da jovem, Mariana Marins, a empresa tem fornecido informações desencontradas desde o início do incidente. “A empresa de turismo que a levou ficou mentindo o tempo todo, dizendo que o resgate tinha chegado, e não tinha chegado coisa nenhuma”, denuncia Mariana, que acompanha a situação do Brasil.O acidente ocorreu na noite de sexta-feira, quando Juliana escorregou em um trecho da trilha e caiu cerca de 300 metros abaixo do caminho principal. Ela ficou debilitada e sem conseguir se locomover. Cerca de três horas depois, um grupo de turistas espanhóis encontrou a brasileira e tentou acionar o socorro. Os espanhóis entraram em contato com familiares e amigos da jovem pelas redes sociais e enviaram fotos e vídeos que mostravam o estado de Juliana.

O drama se agravou ainda mais quando uma forte neblina e alta umidade atingiram a região, fazendo com que Juliana escorregasse ainda mais na encosta da montanha. A situação de vulnerabilidade extrema gerou indignação na família. “Seria um absurdo se ela morresse por falta de socorro”, desabafou Mariana.Enquanto o resgate não avança, cresce a preocupação com o estado de saúde da jovem, que já enfrenta quatro dias sem alimentação e sob condições climáticas adversas. A previsão é de que as buscas sejam retomadas assim que as condições do tempo permitirem.

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