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Magda Chambriard vê ‘match perfeito no Tinder’ entre estaleiros brasileiros e chineses

"Temos quase um ‘Tinder’ entre estaleiros chineses e brasileiros por bons negócios", diz presidente da Petrobras

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; a Presidenta da Petrobras, Magda Chambriard; o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; e a Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, participaram da cerimônia de anúncio dos investimentos da Petrobras em refino e petroquímica, realizada na Refinaria Duque de Caxias (REDUC), em Duque de Caxias (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou neste sábado (5) que a retomada da indústria naval brasileira passa por um novo ciclo de parcerias internacionais, com destaque para a aproximação com a China. Em sua fala de abertura no Fórum Estratégico Brasileiro para a Indústria Naval Brasil-China, realizado no Rio de Janeiro e promovido pela Transpetro, Chambriard usou uma metáfora bem-humorada para ilustrar o momento: “Estamos promovendo quase um Tinder entre estaleiros chineses e brasileiros, em busca de bons negócios”.

A informação foi divulgada pelo jornal Valor Econômico, que acompanhou o evento. De acordo com a presidente da estatal, a expectativa é que esse “match” entre os dois países viabilize aportes financeiros, transferência de tecnologia e novos pedidos para estaleiros nacionais, que ficaram praticamente inativos nos últimos anos. “Estamos resgatando encomendas à indústria naval brasileira e esperamos ajuda de parceiros chineses”, afirmou Chambriard.

A Petrobras, segundo ela, prevê encomendar 52 navios até o fim de 2025, além de estruturas superiores (top sides) para plataformas. “A produção brasileira de petróleo ainda vai crescer mais. Vamos precisar de mais plataformas e mais barcos de apoio”, disse. Também está prevista a contratação de cinco novas plataformas até 2030, dentro do plano estratégico 2025–2029 da companhia.

O encontro marca um novo momento na relação entre os dois países na área de energia e logística. Estaleiros chineses como COOEC, CSSC, Cosco e CIMC participaram do fórum ao lado de empresas brasileiras como EBR, Rio Grande, Mauá, Atlântico Sul, Enseada e Mac Laren. Durante o evento, as partes assinaram memorandos de entendimento para parcerias tecnológicas e comerciais, selando o início de uma cooperação estratégica impulsionada pela visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, em maio.

Após a abertura à imprensa, o encontro seguiu com reuniões reservadas para negociações e apresentação de demandas. O presidente da Transpetro, Sergio Bacci, destacou a importância do momento: “Só conseguimos isso porque temos um governo que privilegia o desenvolvimento econômico e social. Estamos abrindo um capítulo histórico de cooperação”.

A retomada da indústria naval brasileira tem sido uma prioridade do presidente Lula desde o início do atual mandato. Na sexta-feira (4), ao participar de um evento na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), Lula elogiou a atuação de Chambriard na presidência da Petrobras e declarou estar “fascinado” com sua gestão e com os esforços para reindustrializar o país.

Pietro Mendes, secretário-executivo de óleo e gás do Ministério de Minas e Energia, reforçou a visão estratégica da retomada da indústria naval e afirmou que o desafio exige ação conjunta: “Precisamos de medidas de políticas públicas para tornar a construção de navios competitiva no Brasil”. Já Ricardo Buratini, da Casa Civil, sintetizou a urgência da reativação da cadeia naval: “O Brasil tem uma demanda gigante por embarcações. Precisamos colocar o país na cadeia produtiva. Não faz sentido termos tanta demanda e baixa produção”.

O Fórum Brasil-China evidencia o esforço do governo federal para transformar o setor naval em vetor de geração de empregos, inovação tecnológica e soberania energética. Ao integrar capacidades produtivas do Brasil com investimentos e expertise chinesa, a iniciativa sinaliza um novo ciclo para a indústria nacional — com protagonismo do Estado e foco no desenvolvimento sustentável.

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