Macron cobra libertação de franceses detidos no Irã e defende retorno ao diálogo nuclear

247 - Em meio à crescente tensão entre Irã e Israel, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou neste sábado (14) que manteve uma conversa direta com o recém-eleito presidente iraniano, Massoud Pezeshkian. As declarações foram publicadas em sua conta oficial na rede X (antigo Twitter) e repercutidas por agências internacionais, como a AFP.

Segundo Macron, o foco inicial da conversa foi a situação de dois cidadãos franceses — Cécile Kohler e Jacques Paris — que permanecem detidos no Irã. "Minha primeira mensagem foi exigir a libertação imediata de nossos compatriotas, Cécile Kohler e Jacques Paris, que foram mantidos reféns pelo regime iraniano em condições inaceitáveis por mais de três anos", escreveu o presidente francês.

Além do pedido de libertação dos detidos, Macron manifestou preocupação com a segurança das missões diplomáticas francesas em território iraniano e dos cidadãos franceses que vivem no país. A França é um dos países que constam na lista de possíveis alvos de Teerã, caso seja detectado apoio direto a Israel, com quem o Irã mantém forte rivalidade estratégica e ideológica.

Durante o contato com Pezeshkian, Macron também reiterou seu alerta sobre o programa nuclear iraniano, tema recorrente nas disputas entre potências ocidentais e o governo de Teerã. Para o mandatário francês, a única saída viável passa pelo caminho diplomático. "Portanto, convidei o presidente Pezeshkian a retornar rapidamente à mesa de negociações para chegar a um acordo — o único caminho viável para a desescalada", afirmou Macron.

O presidente da França declarou ainda que seu país está disposto a atuar "ativamente" no processo: "Estamos prontos para contribuir e mobilizar todos os nossos esforços para alcançar esse objetivo", concluiu.