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Brasil e China ampliam parceria em economia digital e aeroespacial

O presidente Lula e o primeiro-ministro defendem cooperação em comércio, finanças, inovação e combate às mudanças climáticas

Presidente Lula e o primeiro-ministro chinês Li Qiang (Foto: Ricardo Stuckert)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, afirmou neste sábado (5) que a China “está disposta a trabalhar com o Brasil para aproveitar as vantagens complementares de cada país e ampliar a cooperação em economia digital, economia verde, inovação científica e tecnológica e aeroespacial”. A declaração foi feita durante encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em agenda paralela à 17ª Cúpula do Brics, que começa hoje na capital fluminense, segundo informa a agência Xinhua.

Li transmitiu a Lula as saudações do presidente Xi Jinping e avaliou que as relações sino-brasileiras “vivem o seu melhor momento”, beneficiadas pela decisão dos dois chefes de Estado de construir uma comunidade de futuro compartilhado “por um mundo mais justo e um planeta mais sustentável”.

“A China está pronta para enriquecer ainda mais as dimensões da nossa parceria e gerar resultados concretos que beneficiem os dois povos”, acrescentou o premiê. Ele reforçou que Pequim quer aprofundar a cooperação comercial, financeira e em infraestrutura “no marco da Iniciativa Cinturão e Rota de alta qualidade”, além de garantir o êxito do Ano da Cultura China-Brasil, previsto para 2026.

Li Qiang sublinhou que Brasília e Pequim são “defensoras firmes do multilateralismo e do livre-comércio” e propôs intensificar a coordenação nos fóruns das Nações Unidas, Brics e G20. Segundo ele, o objetivo é “promover um mundo multipolar igualitário e ordeiro e uma globalização econômica inclusiva e benéfica para todos”. O dirigente chinês também manifestou apoio ao Brasil na organização da COP30, que será realizada em novembro, em Belém do Pará: “A China apoia o Brasil na realização bem-sucedida da conferência”, disse.

O presidente Lula respondeu que o povo brasileiro “nutre profunda amizade pelo povo chinês” e que o país “atribui grande importância a avançar nas relações com a China”. “Estamos prontos para fortalecer os intercâmbios de alto nível e ampliar a cooperação em economia e comércio, ciência e tecnologia, finanças e setor aeroespacial”, afirmou.

Ele destacou ainda a convergência entre os dois governos no enfrentamento da emergência climática: “O Brasil quer aprofundar a colaboração com a China no combate às mudanças climáticas e dá as boas-vindas à participação chinesa na COP30 em Belém”. Lula parabenizou Pequim pelo êxito da 4ª reunião de chanceleres do Fórum China-Celac e defendeu a união entre as duas nações “para combater o unilateralismo e defender o livre-comércio e a paz mundial”.

Após a reunião, delegações dos dois países assinaram acordos nas áreas fiscal e financeira, inteligência artificial, alinhamento de estratégias de desenvolvimento e cooperação aeroespacial. Os compromissos selam mais um capítulo da chamada “época dourada” das relações sino-brasileiras, que já superam US$ 150 bilhões em comércio bilateral anual e se consolidam como eixo fundamental de integração do Sul Global.

A agenda de Li Qiang no Brasil inclui participações em painéis do Brics sobre desenvolvimento sustentável e inovação tecnológica. Ele deixa o país na próxima terça-feira (8) e segue para o Egito, onde realizará visita oficial. 

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