Estudante de direito gasta R$ 77 mil de fundo de formatura em Tigrinho

247 - Uma estudante do curso de Direito da Unidade Central de Educação Faem (UCEFF), em Chapecó, Santa Catarina, está sendo investigada pela Polícia Civil após confessar ter utilizado quase R$ 77 mil do fundo de formatura da turma em apostas online, incluindo o popular "jogo do tigrinho". A informação foi divulgada pelo portal G1.

O montante, arrecadado ao longo de três anos pelos alunos, seria destinado à festa de formatura marcada para 22 de fevereiro. A descoberta ocorreu menos de um mês antes do evento, quando a empresa responsável pela organização informou que o pagamento final, no valor de R$ 76.992,00, não havia sido efetuado, restando apenas um adiantamento de R$ 2 mil. A presidente da comissão de formatura, responsável por gerenciar os recursos, admitiu aos colegas que perdeu todo o dinheiro em apostas.

Em mensagem enviada ao grupo da turma, a estudante confessou: "Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas online, Tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E aí, cada vez mais fui me afundando no jogo".

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso, considerando as hipóteses de apropriação indébita ou estelionato. O delegado responsável já encaminhou representação ao Poder Judiciário com o objetivo de rastrear e, se possível, recuperar o valor desviado. Enquanto isso, os formandos organizam campanhas e eventos para arrecadar fundos e remarcar a cerimônia para maio deste ano.

O "jogo do tigrinho" é um jogo de apostas online desenvolvido pela empresa maltesa PG Soft, caracterizado como jogo de azar. Embora hospedado fora do Brasil, ganhou popularidade no país em 2023, especialmente após influenciadores promoverem o jogo nas redes sociais. A prática tem sido associada a casos de vício e perdas financeiras significativas, levando a investigações e prisões relacionadas a jogos de azar ilegais no país.