“O Congresso ataca Lula porque quer proteger os ricos”, diz Valter Pomar

247 – Durante participação no programa Contramola, da TV 247, o dirigente petista Valter Pomar fez duras críticas à atuação do Congresso Nacional, que na avaliação dele vem tentando usurpar as prerrogativas do Executivo e sufocar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Pomar, a recente derrota do Planalto na votação sobre a tributação do IOF escancarou o que chamou de “ofensiva parlamentarista”.

“O Congresso quer proteger os ricos”, afirmou. “Eles querem estabelecer o parlamentarismo ilegalmente, inconstitucionalmente. Querem impedir o governo de governar.”

Pomar defendeu que o governo recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) aprovado, mas alertou que a judicialização, por si só, é insuficiente diante da gravidade do cenário.

“Tem que entrar no STF, mas não pode parar aí. Tem que mobilizar a população, chamar comício, denunciar publicamente o Congresso”, disse. “Se a gente não escalar agora, vai ser tarde demais.”

Segundo ele, o Executivo precisa abandonar a estratégia de buscar acordos com forças que, no fim das contas, sabotam o próprio governo. Para isso, propõe um enfrentamento direto com o Legislativo, que classificou como “inimigo do povo”.

“Estamos sendo traídos por quem ocupa cargos e vota contra o país. Isso é chantagem de quem não quer negociar nada — quer nos derrotar.”

Na visão do dirigente, o atual Congresso representa uma minoria política que não corresponde ao apoio popular do governo Lula. Ele citou como exemplo as pesquisas de opinião, que mostram índices de apoio ao presidente muito superiores à base de votos obtida nas votações no Legislativo.

“O Congresso tem 378 picaretas. Se a gente acha isso, então vamos botar 400 mil pessoas na rua para ouvir o Lula dizer isso diretamente ao povo.”

Ao final do programa, Pomar resumiu sua proposta: enfrentar os setores conservadores, abandonar ilusões de governabilidade com essa composição do Congresso e agir de forma coerente com a condição de minoria no Parlamento. Para ele, o governo precisa entrar em “modo campanha” e mobilizar a sociedade.

“Ou entramos em modo campanha agora, ou vamos chegar derrotados em 2026”, concluiu. Assista: