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Golpe de estado em marcha: Rui Costa Pimenta denuncia ofensiva contra o presidente Lula

Em entrevista à TV 247, líder do PCO afirma que o Congresso articula desestabilização do governo e defende mobilização popular

Rui Costa Pimenta e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – O presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, advertiu que o Brasil vive “um novo golpe de Estado” contra o presidente Lula. A avaliação foi feita em entrevista à TV 247. Logo no início da conversa, Pimenta sustentou que “nós estamos de novo enfrentando um golpe de Estado”, apontando a atuação do deputado Hugo Mota (Republicanos-PB), presidente da Câmara, e de setores do Congresso Nacional como núcleo da escalada para inviabilizar a reeleição de Lula em 2026.

O dirigente vê na ofensiva parlamentar uma repetição, “tão grave quanto a que derrubou Dilma Rousseff”, mas agora combinada, segundo ele, a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que “blindam” o Legislativo e restringem a ação do Executivo.

Congresso, STF e orçamento

Para o líder do PCO, as emendas impositivas se transformaram em “privatização do orçamento federal”. Ele criticou a submissão do governo a esse mecanismo: “O orçamento federal deveria ir para saúde, para educação”, declarou, qualificando o atual arranjo como “clientelismo que sustenta uma oligarquia”. Pimenta reprovou ainda a tentativa do Palácio do Planalto de recorrer ao STF contra o avanço do Legislativo: “Chamar a população a apoiar o STF contra o Congresso é uma loucura”, afirmou, defendendo que a resposta passe pela mobilização popular nas ruas, não pelo Judiciário.

Classe média sob pressão

Questionado sobre a taxação do IOF sobre gastos no exterior, Pimenta alertou para o risco de alienar camadas médias: “A classe média tem de ser levada em consideração… a luta do trabalhador não pode ser contra todo mundo que tenha um fogão em casa”. Ele propõe diminuir o peso tributário sobre pequenos negócios e ampliar o crédito produtivo como forma de evitar que esses segmentos sejam capturados pela extrema-direita.

Ao diagnosticar a “falência do sistema político”, o dirigente do PCO qualificou o atual ordenamento como “uma aberração” que permite a eleição do presidente sem maioria no Congresso. Para ele, a chamada Nova República “já acabou”, e o impasse será resolvido pela correlação de forças nas ruas. “Esse regime político é uma aberração”, resumiu.

Geopolítica e Irã

No plano internacional, Pimenta analisou o recente confronto entre Irã e Israel: “O Irã mostrou que isso aí acabou”, disse, referindo-se à suposta supremacia militar israelense no Oriente Médio. Ele avaliou que a derrota do “sionismo” altera o tabuleiro geopolítico e fortalece a agenda multipolar impulsionada por Rússia e China.

A entrevista também abordou o caso do médico Rick Jones, defensor do parto humanizado, preso sob acusação de negligência. Pimenta classificou o processo como “perseguição política” movida por “lobby poderoso da indústria da cesariana” e anunciou uma campanha em defesa do profissional, destacando que “barbaridades de injustiça flagrante” ainda são usadas como instrumentos de lawfare no país.

Por fim, o presidente do PCO convocou ato em São Paulo em solidariedade ao Irã — iniciativa que, segundo ele, reforça a necessidade de “manter o povo mobilizado” diante de ameaças externas e internas. Sem essa pressão, advertiu, “o rolo compressor contra o governo do PT” tende a avançar. Assista:

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