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Ibovespa fecha em queda após máximas em meio a receios sobre tarifas dos EUA

Volume financeiro somou R$17,1 bilhões

Tela de cotações da B3 em São Paulo - 6/7/2023 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
Bianca Penteado avatar
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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, após registrar máximas na semana passada, com o viés negativo em Wall Street em meio a noticiário sobre tarifas comerciais norte-americanas endossando movimentos de realização de lucros na bolsa paulista.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 1,26%, a 139.489,7 pontos, tendo marcado 139.294,84 pontos na mínima e 141.341,74 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$17,1 bilhões.

A queda ocorreu após o Ibovespa fechar acima dos 141 mil pontos pela primeira vez na sua história na última sexta-feira, acumulando no ano uma valorização de 17,4%.

Na visão do analista Alison Correia, cofundador da Dom Investimentos, o receio envolvendo tarifas comerciais maiores endossou uma correção na bolsa brasileira, com o Ibovespa vindo de máximas da semana passada, assim como em Wall Street.

O S&P 500, uma das referências do mercado acionário dos Estados Unidos, caiu 0,79% após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 25% sobre as importações do Japão e da Coreia do Sul a partir de agosto.

A Casa Branca também anunciou que outros países receberiam cartas delineando as novas taxas que eles enfrentarão, bem como que Trump assinaria um decreto adiando o prazo para as tarifas de 9 de julho para 1º de agosto.

Em paralelo, no domingo, Trump ameaçou uma tarifa adicional de 10% a todos os países que se alinharem ao que chamou de "políticas antiamericanas" do Brics, após o grupo alertar que o aumento das tarifas ameaça o comércio global.

"Vivemos um momento de incerteza em relação às novas tarifas comerciais que estão sendo anunciadas pelos Estados Unidos, reacendendo o temor de uma guerra comercial", afirmou o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung.

"Isso tem provocado maior volatilidade nos mercados."

DESTAQUES

- VALE ON recuou 1,47%, acompanhando os futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o dia com queda de 0,68%, a 731 iuanes (US$101,92) a tonelada, em meio a preocupações renovadas relacionadas à demanda.

- PETROBRAS PN terminou com variação negativa de 0,19%, em dia de alta dos preços do petróleo no exterior, com o barril do Brent avançando 1,87%, a US$69,58.

- BANCO DO BRASIL ON encerrou negociada em baixa de 1,65%, com o setor como um todo no vermelho. ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 1,33%, BRADESCO PN perdeu 0,96% e SANTANDER BRASIL UNIT apurou declínio de 1,33%.

- ENGIE BRASIL ON caiu 6,33%, em nova sessão de correção, após uma série de altas desde o final de junho. Na última sexta-feira, o papel fechou em baixa de 5,16%, encerrando uma série de seis pregões de ganhos, período em que acumulou uma valorização de 14,2%.

- TOTVS ON recuou 4,99%, tendo como pano de fundo relatório do UBS BB, no qual os analistas estimam um resultado ligeiramente negativo para a companhia no segundo trimestre, em razão de receitas mais fracas nas divisões de gestão e techfin, embora tal movimento não seja motivo de preocupação.

- BRF ON subiu 9,37%, no segundo pregão de recuperação após um começo mais negativo no mês, com queda de 4,7% nos primeiros pregões do mês. No setor, MARFRIG ON, em vias de incorporar a BRF, ganhou 4,09% e MINERVA ON fechou em alta de 1,16%.

- BRASKEM PNA avançou 0,54%, após anunciar que a acionista controladora Novonor comunicou à empresa que a NSP Investimentos e o fundo de investimento Petroquímica Verde pediram autorização ao Cade para uma potencial transação envolvendo as ações da Novonor na petroquímica.

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