“É hora de buscar crescimento com justiça social”, afirma Haddad em meio à disputa por impostos para o ‘andar de cima’
Ministro da Fazenda diz que economia brasileira está crescendo mais que na última década e defende nova política tributária para promover justiça social
247 - Em pronunciamento nesta terça-feira (1), durante o lançamento do Plano Safra 2025, em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), destacou a recuperação econômica do país, o fortalecimento da agroindústria e a importância de uma política tributária mais justa.
Haddad iniciou o discurso celebrando o desempenho agrícola: “Vamos para o terceiro Plano Safra recorde. Temos expectativa de colher mais no ano que vem”, afirmou. Segundo ele, a queda do dólar e a supersafra foram decisivas para a recente deflação dos alimentos. “As coisas estão voltando rapidamente ao normal, como era nosso plano de voo desde o início”, reforçou.
Apoio à agroindústria e defesa da reforma tributária - O ministro também exaltou a articulação entre os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda, destacando o papel do vice-presidente Geraldo Alckmin na aprovação da reforma tributária. “Sem o trabalho do presidente Alckmin não teríamos realizado tantas conquistas, sobretudo a reforma tributária”, disse. Haddad afirmou que a nova legislação vai corrigir distorções históricas, como a chamada exportação de impostos, e ampliar a cesta básica.
“A reforma tributária se complementa a essas iniciativas de Planos Safra recordes que vão impulsionar muito a atividade no campo”, afirmou. Ele alertou que a disputa comercial internacional está cada vez mais agressiva, especialmente no campo ambiental, e que o Brasil precisa responder com qualidade ecológica e valorização da produção sustentável.
Sustentabilidade e logística como diferencial competitivo - Segundo Haddad, o governo trabalha com a meta de recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas por meio do programa Eco Invest. A medida, além de reduzir o desmatamento, agregará valor aos produtos agropecuários brasileiros. “Você vai poder certificar que aquilo foi feito em solo recuperado, que tem qualidade ambiental”, explicou, elogiando o trabalho da ministra Marina Silva (Meio Ambiente) no combate ao desmatamento.
O ministro também destacou a reativação dos investimentos em infraestrutura como prioridade do governo Lula. “Estamos melhorando a condição das nossas rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos para dar vazão à nossa exportação”, afirmou, mencionando a meta ambiciosa do ministro Renan Filho de realizar 30 concessões — número muito superior às quatro realizadas durante o governo anterior.
Crítica à politização econômica e apelo à união - Haddad criticou a disputa ideológica promovida por adversários e a resistência diante de dados econômicos positivos. “Tenho visto nos jornais pessoas dizendo: ‘meu Deus, agora vai complicar para a gente; a economia está indo muito bem’... De que lado estamos falando? É do lado do Brasil?”, questionou. E concluiu com um apelo: “Temos que botar o pé no chão e começar a falar de país grande, de política pública, de projeto de nação”.
Para o ministro, o momento exige mais do que crescimento: é preciso garantir que o progresso alcance a todos. “A gente não quer que o Brasil cresça só. Queremos que ele cresça muito — e está crescendo 3% em média, o dobro do que vinha crescendo nos dez anos anteriores — mas agora é hora de buscar crescimento com justiça social”, finalizou.
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