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BRICS: ‘aumento indiscriminado’ de tarifas interrompe as cadeias de suprimentos globais

De acordo com a declaração emitida pelo grupo, ações restritivas têm sido anunciadas na forma de protecionismo ou “sob disfarce de objetivos ambientais”

Cúpula do BRICS, no Rio de Janeiro (Foto: Aline Massuca/BRICS Brasil)
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Rocio Paik, Opera Mundi - Sem mencionar os Estados Unidos, os países do BRICS condenaram neste domingo (06/07) as restrições que se impõem ao comércio global, incluindo o “aumento indiscriminado de tarifas” e de “medidas não-tarifárias”. De acordo com a declaração emitida pelos membros do bloco nesta tarde, tais ações restritivas têm sido anunciadas na forma de protecionismo ou “sob disfarce de objetivos ambientais”.

“Ameaça reduzir ainda mais o comércio global, interromper as cadeias de suprimentos globais e introduzir incerteza nas atividades econômicas e comerciais internacionais, potencialmente exacerbando as disparidades econômicas existentes e afetando as perspectivas de desenvolvimento econômico global”, pontuou o documento.

O “tarifaço” imposto pelo governo de Donald Trump, destaque de sua agenda política no primeiro ano de mandato, foi criticado pelos países do BRICS, sobretudo a China, que tem desafiado a medida ao lançar novas taxas contra produtos norte-americanos como forma de retaliação, aprofundando a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Por meio do documento, os integrantes do bloco do Sul Global reiteraram “séria preocupação” sobre o aumento de medidas tarifárias unilaterais, argumentando que elas são, inclusive, inconsistentes com os regulamentos da Organização Mundial do Comércio (OMC). Desta forma, reforçaram o apoio a um sistema multilateral de comércio “aberto, transparente, justo, inclusivo”, tendo a OMC como fundamento.

“Condenamos a imposição de medidas coercitivas unilaterais contrárias ao direito internacional e reiteramos que tais medidas, na forma de, entre outras, sanções econômicas unilaterais e sanções secundárias, têm implicações negativas de longo alcance para os direitos humanos, incluindo os direitos ao desenvolvimento, à saúde e à segurança alimentar da população em geral dos estados atingidos, afetando de maneira desproporcional os pobres e as pessoas em situações vulneráveis”, destacou.

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