HOME > Economia

Alckmin: governo fará reuniões com representantes do agro e da indústria após tarifaço de Trump

Os setores convidados pelo governo discutirão respostas às tarifas de 50% anunciadas pelo presidente norte-americano

Geraldo Alckmin (Foto: Adriano Machado/Reuters)
Leonardo Lucena avatar
Conteúdo postado por:

247 - Vice-presidente da República, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, informou nesta segunda-feira (14), em Brasília (DF), que o governo fará duas reuniões com representantes do setor privado nesta terça (15) para discutir a resposta às tarifas de 50% anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, contra as exportações brasileiras na semana passada.

De acordo com o ministro, "a primeira tarefa é conversar com o setor privado". "Separamos em dois blocos. Um bloco, a reunião será amanhã às 10h, no MDIC, com a indústria. Estamos chamando os setores industriais que possuem mais relação comercial com os Estados Unidos", disse Alckmin a jornalistas.

Para a primeira reunião, citado pelo vice-presidente, foram convidados os setores de alumínio, celulose, aviões, calçados, aço, máquinas, móveis e autopeças. Para o segundo encontro, marcado para às 14h, foram chamados exportadores do agronegócio - setores de mel, carne, couro, pescado, suco de laranja e frutas.

O titular da pasta afirmou que as reuniões entre representantes do governo federal são parte do trabalho de um comitê interministerial criado pelo presidente Lula, que reúne o MDIC, a Casa Civil, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Fazenda.

Em carta endereçada ao presidente Lula (PT) na semana passada, Trump mencionou o processo judicial contra Jair Bolsonaro (PL) no inquérito da trama golpista como um dos motivos para aplicar o tarifaço contra o Brasil.

Conforme destacaram políticos do campo progressista brasileiros e analistas, outro motivo (não apontado na carta) para as tarifas anunciadas pelo governo americano é o crescimento do BRICS. O grupo é uma das principais frentes de resistência ao unilateralismo econômico norte-americano.

BRICS

O Brasil é o país que preside o BRICS. A presidência brasileira tem o lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável", a Presidência Brasileira do BRICS em 2025 se concentrará em duas prioridades: a Cooperação do Sul Global e as Parcerias BRICS para o Desenvolvimento Social, Econômico e Ambiental.

Considerando os novos seis membros que entraram no grupo (Arábia Saudita, EAU, Egito, Etiópia, Indonésia e Irã), a participação do BRICS no PIB mundial (em PPP, a preços correntes) aumentou para aproximadamente 39% em 2023.

Os países do BRICS respondem por 24% do total das trocas mundiais, apontou a ComexVis. Em termos territoriais, o BRICS representa aproximadamente 36% do total, aproximadamente 72% das reservas mundiais de minerais de terras raras, e 43,6% da produção mundial de petróleo, mostrou a Agência Internacional de Energia. As estatísticas também apontaram que o BRICS representa 36% da produção mundial de gás natural e 78,2% da produção global de carvão mineral.

A parceria do BRICS está estruturada em três pilares de cooperação: Política e Segurança, Economia e Finanças e Intercâmbio Cultural e da Sociedade Civil.

❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Cortes 247

Relacionados

Carregando anúncios...
Carregando anúncios...