Premiê do Senegal quer tornar país em eixo de cooperação com China na África
Na opinião do primeiro-ministro, as discussões sobre o neocolonialismo nos laços bilaterais vêm de uma proposição falsa
CGTN – “Nosso objetivo é tornar o Senegal em um eixo de cooperação com a China na África Ocidental, e até em todo o continente africano,” declarou o primeiro-ministro senegalês, Ousmane Sonko, em uma entrevista concedida recentemente ao Grupo de Mídia da China (CMG, na sigla em inglês), em Beijing.
Sonko afirmou que a China é um parceiro importante do Senegal. Durante sua visita ao país asiático no final de junho, o premiê sentiu o empreendedorismo e o dinamismo dos investidores chineses. “Encontramo-nos com muitos representantes empresariais chineses, que formularam conceitos de cooperação com visão de futuro, bem como formas inovadoras de financiamento,” avaliou. O líder africano disse que conseguiu reunir diversas intenções de cooperação, que é um fruto alentador para seu país.
“Desde longa data, as relações sino-africanas têm sido fundadas no benefício recíproco, na abertura e na voluntariedade, e a China sempre demonstra uma forte vontade de ouvir as demandas da África,” pontuou Sonko. Na opinião do primeiro-ministro, as discussões sobre o neocolonialismo nos laços bilaterais vêm de uma proposição falsa. “As vozes que questionam nossa cooperação com a China foram originadas da ansiedade de algumas potências tradicionais frente ao desenvolvimento chinês,” assinalou o líder. Segundo ele, o objetivo é gerar suspeita nos países africanos, e até tornar a África e a China distantes. “Trata-se de um mal-entendido sobre a África de quem não acredita que temos capacidade de pensar de maneira independente,” concluiu.

Em relação aos desafios globais na transformação econômica, Sonko disse que todas as nações precisam ser determinadas em se ajustar na onda revolucionária que está chegando. A seu ver, para enfrentar juntos os desafios, os países necessitam estabelecer suas relações com base em regras e respeito mútuo, independente do tamanho, poder e capacidade.
O primeiro-ministro senegalês destacou ainda que, na atual remodelação da conjuntura internacional, o Sul Global deve ganhar sua posição e se tornar, sob a liderança da China, uma força principal do crescimento global. O líder africano parabenizou a China pelo enorme progresso feito em um tempo tão curto, admitindo que tal êxito é resultado da organização, disciplina e convicção. “A China é um exemplo para as outras nações do Sul Global,” elogiou.
Fonte: CMG
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