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PF marca depoimentos simultâneos de advogados de Bolsonaro por suspeita de tentativa de interferência em delação de Mauro Cid

Depoimentos foram agendados para a próxima terça-feira (1), no mesmo horário e local

Fabio Wajngarten e Jair Bolsonaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
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247 - A Polícia Federal (PF) agendou para a próxima terça-feira (1), no mesmo horário e local, os depoimentos dos advogados investigados por suspeita de tentar obstruir a Justiça no caso que apura a tentativa de golpe de Estado envolvendo aliados de Jair Bolsonaro (PL). As oitivas, segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, ocorrerão na sede da Superintendência da PF, em São Paulo.

Devem prestar esclarecimentos os advogados Paulo Bueno e Fábio Wajngarten - que também foi assessor de Jair Bolsonaro (PL -), que integram a defesa de Bolsonaro, além de Eduardo Kuntz, defensor de Marcelo Câmara, ex-assessor da Presidência da República. A estratégia de reunir os depoimentos simultaneamente tem como objetivo, segundo apuração da reportagem, evitar que os investigados alinhem versões previamente.

A determinação para colher os depoimentos partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após novas informações prestadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Em declaração à PF na última terça-feira (24), Cid afirmou que “Fábio Wajngarten, Paulo Bueno e Luiz Eduardo de Almeida Santos Kuntz tentaram convencer familiares do declarante para que trocasse de defesa técnica”.

A revelação, feita quase dois anos após os primeiros contatos desses advogados com a família de Cid, surpreendeu integrantes do antigo governo. Os investigadores consideram que a movimentação visava impedir ou influenciar a colaboração premiada firmada por Cid com a PF.

Em outro depoimento obtido pela coluna, Gabriela Cid, esposa do ex-ajudante de ordens, afirmou que gravou uma conversa com Fábio Wajngarten entre agosto e setembro de 2023. No entanto, ela relatou que posteriormente apagou o conteúdo da gravação.

A mãe de Mauro Cid, Agnes, também foi ouvida e relatou ter sido abordada três vezes, entre agosto e dezembro de 2023, por Eduardo Kuntz. Segundo ela, os encontros foram “constrangedores” e deixaram claro o intuito de convencê-la a apoiar a substituição da equipe de defesa de seu filho, unificando os esforços em torno de advogados ligados ao entorno de Bolsonaro.

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