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Brasil avisa EUA que não admitirá sanções ligadas às redes sociais: "temos linhas vermelhas"

Governo Lula considera o tema uma área sensível nas relações com os EUA e promete reação política a qualquer ingerência contra o STF

(Foto: Alan Santos/PR)
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247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou que vê a regulamentação das redes sociais como uma possível fonte de tensão diplomática com os Estados Unidos e mandou um recado direto à gestão de Donald Trump: o Brasil não aceitará qualquer forma de sanção contra suas autoridades.

A tensão cresceu nesta quinta-feira (26), após o Supremo Tribunal Federal (STF) ampliar a responsabilidade das plataformas digitais sobre conteúdos criminosos e antidemocráticos. Segundo fontes de alto escalão em Brasília, ouvidos pela coluna do jornalista Jamil Chade do UOL há a expectativa de que as big techs façam lobby internacional contrário à decisão, e que governos estrangeiros — em especial os Estados Unidos — considerem adotar medidas de retaliação.

Ciente do impacto internacional da decisão do STF, o governo brasileiro já se antecipou, enviando sinais à Casa Branca de que há “limites” e que qualquer ultrapassagem será tratada como violação da soberania nacional. “Os recados foram dados”, afirmou um negociador brasileiro ouvido pela reportagem. De acordo com ele, “temos linhas vermelhas na questão de ingerência sobre soberania”.

Uma eventual sanção contra ministros do Supremo Tribunal Federal, por exemplo, seria interpretada como um ataque direto às instituições republicanas do país. Ainda que não haja, neste momento, nenhuma sanção em curso, o governo já considera a possibilidade de uma “resposta contundente” — cuja natureza será política, e não comercial ou diplomática no sentido tradicional.

Além disso, há preocupação explícita no Palácio do Planalto com a possibilidade de interferência externa nas eleições brasileiras, sobretudo no pleito presidencial de 2026. A avaliação interna é de que esse tema, envolvendo redes sociais e ingerência estrangeira, pode se transformar em um novo foco de atrito com os Estados Unidos nos próximos anos.

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