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'Bolsonaro coloca seus problemas pessoais acima de tudo, inclusive do Brasil', dispara Gleisi

Ministra critica aliança Bolsonaro-Trump contra o Brasil: “seu desgoverno foi de total submissão e humilhação diante dos EUA”

Gleisi Hoffmann, Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Gustavo Bezerra | Alan Santos/PR)
Guilherme Levorato avatar
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247 - Em uma contundente manifestação nas redes sociais, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou duramente Jair Bolsonaro (PL) por apoiar a decisão do governo dos Estados Unidos, presidido por Donald Trump, de impor tarifas de 50% a produtos brasileiros. Segundo Gleisi, trata-se de mais um episódio de "submissão e humilhação" do ex-mandatário aos interesses estrangeiros. A postagem foi divulgada na plataforma X (antigo Twitter) nesta sexta-feira (11).

“Vergonha internacional e isolamento o Brasil conheceu no desgoverno de Jair Bolsonaro. Abusos, censura, perseguição e ódio político foi o que ele praticou contra qualquer um que divergisse de seu autoritarismo”, escreveu a ministra, ao relembrar o histórico do ex-presidente. Ela também denunciou o papel de Bolsonaro na tentativa de golpe contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusando-o de planejar o assassinato do presidente eleito, do vice-presidente e de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

A crítica de Gleisi veio em resposta à declaração de Bolsonaro após o anúncio das tarifas pelo governo Trump. Em vez de condenar a medida que afeta diretamente a economia brasileira, o ex-presidente saiu em defesa do governo norte-americano, afirmando que mantém "respeito e admiração" pelos Estados Unidos. Mais do que isso, tentou responsabilizar Lula pelo tarifaço, dizendo que o Brasil teria "se afastado do mundo livre" e abandonado “compromissos históricos com a liberdade e o Estado de Direito”.

Gleisi reagiu duramente a essa postura: “aplaudir um presidente estrangeiro por chantagear o Brasil é a prova maior de que ele coloca seus problemas pessoais acima de tudo, inclusive do país”. Para a ministra, Bolsonaro demonstra total desprezo pela soberania nacional: “na boca de Bolsonaro, as palavras justiça, liberdade e participação política soam como pura hipocrisia de alguém que tenta escapar da punição por seus crimes”.

Submissão ideológica - O episódio revela um contraste evidente entre a atitude de Bolsonaro e a do presidente Lula, que, diante da retaliação estadunidense, classificou a medida como “inaceitável” e anunciou resposta à altura. O governo brasileiro pretende ativar a Lei da Reciprocidade contra os Estados Unidos e já informou que recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC), buscando inclusive apoio de outros países afetados.

Lula também defendeu uma maior integração com as economias do Sul Global, destacando a importância de uma nova ordem internacional baseada em cooperação e respeito mútuo. A postura do presidente brasileiro tem sido apontada por analistas como exemplo de altivez diplomática e proteção dos interesses nacionais.

Enquanto isso, Bolsonaro segue utilizando o cenário internacional como palco para ataques políticos internos. Ao justificar a sanção norte-americana com críticas ao governo atual, o ex-presidente reafirma, segundo críticos, sua incapacidade de distinguir interesses ideológicos pessoais das necessidades concretas do país.

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