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Banco Central estipula 1º trimestre de 2026 para retorno da inflação ao teto da meta

Inflação de 12 meses atingiu 5,35% em junho

(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
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247 - O Banco Central afirmou nesta sexta-feira (11) que a convergência do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para abaixo do teto da meta de inflação, atualmente fixado em 4,5%, está projetada para ocorrer até o fim do primeiro trimestre de 2026. A explicação foi dada por meio de uma nota oficial publicada no dia seguinte à divulgação da carta aberta do BC, enviada em 10 de julho de 2025, justificando o descumprimento da meta inflacionária.

De acordo com a instituição, caso o retorno da inflação ao intervalo de tolerância – entre 1,5% e 4,5% – não se concretize nesse prazo, será necessário publicar nova comunicação oficial. “Como a carta divulgada em 10/07/2025 indicou o primeiro trimestre de 2026 como prazo para o retorno da inflação ao intervalo de tolerância, será necessário publicar nova nota e carta caso esse retorno não se concretize nesse horizonte, ou se o Banco Central considerar necessário atualizar as medidas ou o prazo estipulado”, diz o texto.

Inflação fora da meta pressiona autoridade monetária

A inflação acumulada em 12 meses atingiu 5,35% em junho de 2025, ultrapassando o teto da meta em 0,85 ponto percentual e representando o primeiro descumprimento formal do regime de metas contínuas, que entrou em vigor neste ano. O BC já havia informado, na carta publicada na noite de quinta-feira (10), que sua expectativa é que o IPCA volte a ficar abaixo de 4,5% até o fim do primeiro trimestre de 2026.

Apesar disso, a autoridade monetária evitou apontar uma data para o retorno ao centro da meta de 3%. Em nova manifestação nesta sexta, o BC explicou que a previsão de convergência para esse patamar ocorre apenas ao final de 2026, que corresponde ao chamado “horizonte relevante da política monetária”.

Divergência entre projeções e trajetória da Selic

A nota também esclarece que, embora o cenário de referência da autoridade indique que a inflação não deverá atingir a meta de 3% nesse período, o Comitê de Política Monetária (Copom) utiliza trajetórias alternativas da taxa Selic em suas decisões.

“Conforme mencionado no parágrafo 22 da carta, se espera que a inflação convirja para a meta de 3,0% em 2026T4. O BC mantém postura monetária que coloque a inflação na meta no horizonte relevante: as trajetórias de juros utilizadas internamente pelo Copom nas decisões de política monetária (que visam garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante) não coincidem, necessariamente, com a trajetória da Selic do cenário de referência, que é extraída da pesquisa Focus”, informou a nota.

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