Após derrota do decreto do IOF, Lula se reunirá com Hugo Motta e Davi Alcolumbre para dissipar crise política
Presidente busca restabelecer o diálogo após anulação de decreto pelo Legislativo
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu abrir uma interlocução direta com os principais protagonistas da derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), informa o jornalista Lauro Jardim em sua coluna no Globo. Nos próximos dias, Lula deverá se reunir com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sinalizando uma nova fase de articulação política .
A decisão do Congresso foi promulgada por Alcolumbre na manhã desta quinta-feira (26). A iniciativa, histórica por sua raridade desde a era Collor (1992), anulou o decreto que previa a arrecadação de cerca de R$ 10 bilhões neste ano.
O movimento foi definido pelos líderes legislativos como uma “construção suprapartidária” – expressão usada por Hugo Motta para enfatizar a ampla articulação entre partidos.
A votação surpreendeu o governo, sobretudo após tentativas de acordos prévios entre governo e Congresso, que não se consolidaram
Até esta quarta-feira, o Planalto considerava judicializar a questão, levando-a ao Supremo Tribunal Federal – estratégia que foi abandonada devido à pressão política. Em vez disso, Lula optou por um canal diplomático, buscando acalmar o ambiente com os presidentes do Senado e da Câmara e contornar a crise fiscal.
No governo, parcela interlocutora defende que o decreto corrigia distorções tributárias, evitando a evasão por meio de isenções para os mais ricos. Já no Congresso, prevaleceu o argumento de que a medida representava um aumento de imposto sem o devido diálogo político.
Depois da derrota no Congresso, o governo pretende recompor a recomposição da base aliada.
Em Brasília, a expectativa gira em torno do encontro entre Lula, Motta e Alcolumbre: se for bem conduzido, pode estabelecer um novo pacto político – caso contrário, há risco de tensão prolongada.
A troca entre judicializar o caso e retomar o diálogo reflete uma escolha do governo por não endurecer o confronto, evitando desgaste institucional.
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