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Alckmin diz que governo ainda vai tentar reverter imposições de Trump; decreto de reciprocidade deve ser editado até terça

Alckmin revelou que irá se reunir ainda hoje com o presidente Lula para tratar da criação de um comitê especial que irá coordenar a resposta brasileira

Geraldo Alckmin durante Reinauguração da Fábrica da Coca-Cola FEMSA em Porto Alegre (Foto: Cadu Gomes/VPR)
Laís Gouveia avatar
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247 - O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou neste domingo (13) que o governo brasileiro ainda busca uma saída diplomática para reverter a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Caso não haja acordo, ele assegurou que o Brasil responderá com medidas proporcionais. A declaração foi dada durante evento de inauguração de um viaduto em Francisco Morato, na Grande São Paulo, segundo o G1.

“Vamos trabalhar para reverter a situação”, disse Alckmin, ao comentar os efeitos da decisão de Trump sobre setores como café, suco de laranja, carne bovina e aço. Ainda segundo o vice-presidente, o governo federal está pronto para adotar o chamado decreto de reciprocidade, que prevê sobretaxa a produtos americanos. A expectativa é que a regulamentação seja publicada até terça-feira (15).

Alckmin revelou que irá se reunir ainda hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar da criação de um comitê especial que irá coordenar a resposta brasileira ao tarifaço. O grupo será composto por membros do governo e da iniciativa privada. “Vamos atuar com firmeza e união para proteger os interesses do Brasil”, afirmou.Segundo ele, a intenção do comitê é analisar os impactos da medida norte-americana e formular contramedidas de forma coordenada, envolvendo ministérios e setores diretamente afetados. A proposta é demonstrar que o Brasil tem capacidade de reagir sem abandonar a via diplomática.

O chamado decreto da Lei de Reciprocidade Econômica já está pronto e deve ser usado como instrumento legal para aplicar tarifas equivalentes às impostas pelos EUA. A medida vem sendo discutida desde que Trump anunciou, no início do mês, o aumento das tarifas como forma de pressão por interesses comerciais e políticos.

A escalada de tensão comercial entre os dois países já mobilizou reações de empresários, diplomatas e lideranças internacionais. O Palácio do Planalto, embora busque evitar um confronto direto, avalia que a retaliação se tornou inevitável diante da ausência de diálogo e da dimensão dos prejuízos estimados ao agronegócio e à indústria de transformação brasileira.

A fala de Alckmin sinaliza o endurecimento da posição do governo brasileiro e reforça a disposição do Planalto de reagir com "firmeza e responsabilidade", como disse o presidente Lula na última sexta-feira. Nos bastidores, auxiliares do governo avaliam que, embora ainda haja espaço para negociação, a chance de recuo por parte de Trump é remota.

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