Huawei aposta em energia solar, inteligência artificial e baterias para impulsionar transição energética no Brasil
Atílio Rulli defende papel da tecnologia chinesa na descarbonização e destaca importância da infraestrutura de energia renovável
247 – O vice-presidente da Huawei no Brasil, Atílio Rulli, destacou o compromisso da empresa com a transição energética e a inovação tecnológica durante o evento “A transição energética e a sustentabilidade do futuro”, realizado no dia 9 de julho no Rio de Janeiro. O encontro foi promovido pelo BNDES, com apoio do Brasil 247 e do site chinês Guancha. Em sua fala, Rulli enfatizou a atuação da Huawei em setores estratégicos como energia solar, armazenamento por baterias (BESS), data centers e inteligência artificial.
“É uma honra falar exatamente neste momento, saudar a presidenta Dilma, a presidente Tarciana do Banco do Brasil — o banco mais sustentável do mundo — e o presidente Mercadante, que nos recebe aqui com uma verdadeira aula magna”, afirmou. Rulli também elogiou o papel do BNDES na transformação digital brasileira: “Tenho orgulho de fazer parte do Conselhão e da Comissão de Ciência e Tecnologia. O BNDES é um grande parceiro da transformação digital que o Brasil está buscando e vai atingir”.
Huawei e a liderança em pesquisa, inovação e energia limpa
Ao apresentar a atuação da Huawei, Atílio Rulli lembrou que a empresa está presente em 170 países e é a sexta maior investidora em pesquisa e desenvolvimento do mundo. “Mais de 50% dos nossos colaboradores trabalham com pesquisa e desenvolvimento, o que nos leva a ser, por seis anos consecutivos, a empresa que mais desenvolve patentes no mundo”, destacou. A companhia possui mais de 150 mil patentes ativas.
No Brasil, a Huawei está há 27 anos e opera com duas unidades fabris, um centro logístico e presença em cinco grandes verticais tecnológicas — entre elas, telecomunicações, data centers, soluções automotivas inteligentes e energia solar fotovoltaica, esta última através da Huawei Digital Power, que está no país há oito anos. “Até março deste ano, já geramos 1,6 trilhão de kWh no mundo com nossas soluções e contribuímos para uma economia de 96,2 bilhões de kWh em consumo”, afirmou.
Armazenamento de energia e data centers sustentáveis
Um dos principais focos da fala de Rulli foi o investimento da Huawei em sistemas de armazenamento de energia por baterias, os chamados BESS (Battery Energy Storage System). “Essa é uma tecnologia relativamente recente, já adotada por diversos países, e que permite armazenar energia e atuar como gerador off-grid”, explicou. Segundo ele, o diferencial da tecnologia da Huawei está no sistema grid forming, que contribui para a estabilização e qualidade da rede elétrica.
Rulli também destacou a integração entre BESS, energia solar e data centers modulares. “Nossos data centers têm consumo de água baixíssimo. Você coloca uma vez só, sem necessidade de reposição contínua, e eles podem crescer de forma modular, sendo alimentados por energia solar e bateria”, explicou. Ao todo, a Huawei já forneceu mais de 34 GW em plantas de armazenamento nos cinco continentes, com destaque para projetos na Ásia, Europa, Chile e Brasil.
Ele mencionou ainda que o governo brasileiro, por meio do Ministério de Minas e Energia, está elaborando um plano para realizar o primeiro leilão de capacidade e, em seguida, um leilão específico de baterias. “Esperamos que isso ocorra até o fim do ano, ou no início do próximo. Será uma evolução muito grande para o setor”, disse.
Supercarregadores, mobilidade elétrica e o exemplo da China
Outro ponto alto da apresentação foi a exibição do Huawei Supercharger, o carregador mais rápido do mundo para veículos elétricos. “Ele carrega 1 km por segundo. Você vai tomar um café e, quando volta, seu carro está carregado”, afirmou Rulli. Ao lado do carregador, a empresa posiciona um contêiner com baterias de armazenamento — solução híbrida que melhora a estabilidade da rede e permite o carregamento ultrarrápido sem sobrecarregar o sistema.
O executivo também apresentou exemplos de projetos chineses que integram geração renovável e grandes sistemas de transmissão. “A província de Hainan abriga o maior projeto de energia renovável do mundo, com 2,2 GW, incluindo 1,6 GW em inversores da Huawei. E a China já opera a maior linha de transmissão 100% com energia renovável”, destacou.
No Brasil, Rulli citou a usina fotovoltaica de Janaúba, em Minas Gerais, como exemplo promissor. “É o maior parque solar da América Latina, com 700 MW em um único parque. Esperamos que o Brasil continue construindo cada vez mais projetos como esse”, afirmou.
Brasil, China e o futuro tecnológico
Por fim, Atílio Rulli ressaltou o papel da China como líder global em inteligência artificial. “A China lançou seu plano de IA em 2017 com 100 metas. Já cumpriu 98. A Huawei tem orgulho de fazer parte desse processo”, disse.
Ao agradecer pela oportunidade de participar do evento, Rulli concluiu com modéstia: “Hoje eu tive uma aula. Fico feliz por fazer parte disso. Sou um aluno aqui”. Em tom otimista, ele reforçou o compromisso da Huawei com o desenvolvimento sustentável e a modernização tecnológica do Brasil, em parceria com instituições como o BNDES. Assista:
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