Aumenta o movimento nos aeroportos, e elite já pode invocar espírito de Danuza Leão
Lula comemora o aumento do movimento de passageiros nos aeroportos brasileiros em 2025. Contagem regressiva para a gritaria da elite do atraso
Lula comemora, com razão, o aumento do movimento de passageiros nos aeroportos brasileiros nos primeiros meses de 2025. Foram 51 milhões de viajantes de janeiro a maio, um crescimento de 10% em relação ao mesmo período em 2024. Os dados constam do Relatório de Demanda e Oferta, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Contagem regressiva para a gritaria da elite do atraso.
Os ricos que desde sempre viajaram de avião não toleram gente de classe média - ou ex-média baixa, digamos - lotando voos e aeroportos. São queixosos aqueles que, por exemplo, se manifestam contra coisas como isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil reais mensais. “Patriotas” que reclamam de pagar imposto enquanto adotam sofisticadas técnicas de sonegação.
Pobre incomoda rico, apesar de fortunas serem construídas com a exploração do seu trabalho.
Recordar é viver. Lembremos Danuza Leão, irmã de Nara, colunista de jornalão, modelo de sucesso nos anos 1960 e que faleceu em 2022. Quando do primeiro boom nos aeroportos brasileiros, em 2012, ela sentenciou em O Globo: “ir a Nova York perdeu a graça. Agora até empregada doméstica pode ir”.
Naquela época a imprensa mainstream, com um tom de desdém de fazer inveja a Odete Roitman, noticiava que “Classe C descobre os aeroportos”. Sim, para incômodo da elite do atraso, muitos trabalhadores trocavam os pisos engordurados das rodoviárias pelas superfícies marmóreas dos aeroportos.
Danuza não estava sozinha. Arnaldo Jabor era outro usuário frequente da ironia dirigida à chamada “nova classe média” e seus hábitos de consumo. O inefável Diogo Mainardi, então numa Veja em sua pior época, via o aumento do consumo popular como “vulgarização”.
E, claro, os economistas neoliberais ainda hoje presentes na mídia tratavam o aumento do consumo como “fruto de um populismo irresponsável”, decorrente de “um endividamento excessivo”. Quase nada mudou: Lula segue melhorando a vida do povo e a elite do atraso protestando contra qualquer sintoma de que o país avança, pouco que seja, na direção de mais igualdade.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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