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Mario Vitor Santos

Mario Vitor Santos é jornalista. É colunista do 247 e apresentador da TV 247. Foi ombudsman da Folha e do portal iG, secretário de Redação e diretor da Sucursal de Brasilia da Folha.

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Ao contrário do que parece, é a oposição a Lula que está se colocando numa situação de dificuldade

'2026 já começou e a guerra de posições e movimentos orienta todas as ações', escreve o colunista Mario Vitor Santos

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

É uma guerra de movimentos e posições. O governo Lula se move para a posição que lhe interessa. A oposição vai se colocando num lugar em que fica vulnerável, em que entra em choque com parte de sua base. Lula e Haddad perderam uma votação. Paciência. O jogo só termina com a eleição. ano que vem.

Outros embates virão, com o mesmo sentido, reafirmando provavelmente a busca das mesmas posições. Lula e Haddad defendendo mais equidade. Derrotas poderão acontecer. São sacrifícios pela vitória em 26, contra adversários que temem serem colocados na situação em que já foram derrotados tantas vezes.

Se se olhar numa certa perspectiva, a votação de ontem na Câmara revela uma estrutura.

Essa estrutura explica as seguidas eleições do PT neste século.

Cada um só faz o que acredita. Alguns optam pelos ricos, outros pelos necessitados. Para além do que parece, quem está se fragilizando é a oposição. Logo chega a eleição.

Se a estrutura prevalecer, e ela já suportou mesmo mudanças sociais tão grandes como o advento da vida digital e a informatização de 50% da mão de obra no país, Lula tem grande chance de vencer numa eleição disputada.

As chances crescem pela colaboração da oposição, que vai inevitavelmente oferecendo seu pescoço, como se viu na votação de ontem, e se verá em tantos outros embates já pautados no Congresso.

O governo não deveria desperdiçar nenhuma oportunidade de travar esse embate, mas precisa fazê-lo com sabedoria. Existe ao mesmo tempo a necessidade de formar a mais ampla frente eleitoral possível contra o fascismo, inclusive apostando na divisão dos que agora pontualmente lhe fazem oposição. 2026 já começou e a guerra de posições e movimentos orienta todas as ações. Até agora nada surpreende, a rigor.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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