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Lula espera anúncio de acordo comercial entre Mercosul e países europeus durante cúpula em Buenos Aires

Negociação com bloco europeu não pertencente à União Europeia pode impulsionar o PIB brasileiro em até US$ 5,2 bilhões em 15 anos

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera que ainda esta semana, durante a cúpula do Mercosul em Buenos Aires, seja formalizado o aguardado acordo comercial com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA, na sigla em inglês). As informações são do g1.

Formado por Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein — países que não integram a União Europeia —, o EFTA mantém negociações com o Mercosul desde 2017. O acordo foi concluído em 2019, mas pendências técnicas adiaram sua assinatura oficial. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o pacto poderá acrescentar cerca de US$ 5,2 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos próximos 15 anos.

Segundo dados do próprio Mercosul, o intercâmbio comercial com os países do EFTA gira em torno de US$ 7 bilhões por ano. O acordo abrange áreas como comércio de bens e serviços, investimentos, compras públicas, facilitação aduaneira, normas sanitárias e fitossanitárias, sustentabilidade ambiental e propriedade intelectual.

O presidente Lula desembarca nesta quarta-feira (2) na capital argentina para participar da reunião de chefes de Estado do bloco, marcada para quinta-feira (3). O encontro também marcará a passagem da presidência rotativa do Mercosul para o Brasil, que comandará o grupo até o final de 2025.

Essa será a primeira viagem de Lula à Argentina desde que Javier Milei assumiu a presidência do país. Apesar de serem líderes dos dois principais países do bloco, não há previsão, até o momento, de uma reunião bilateral entre Lula e Milei. Os dois devem se encontrar apenas no contexto da cúpula, ao lado dos demais chefes de Estado.

Além do acordo com o EFTA, a agenda do encontro inclui discussões sobre cooperação comercial, ações conjuntas contra o crime organizado e estratégias para fomentar a agricultura de baixo carbono.

Outro ponto de atenção é o avanço do acordo Mercosul-União Europeia. Apesar de ter sido concluído em 2019, ele ainda depende da ratificação pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu. Países como a França se mostram resistentes, alegando assimetrias nas exigências ambientais entre os blocos. Segundo o Itamaraty, Lula pretende usar sua presidência no Mercosul para tentar destravar as negociações e convencer o presidente francês Emmanuel Macron a aceitar uma versão final do tratado.

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