Corte do Equador condena ex-vice-presidente Glas a 13 anos de prisão
Glas foi acusado de peculato e desvio de fundos; polêmico processo beneficia o atual presidente, Daniel Noboa, segundo correístas
247 - Um tribunal da Corte Nacional de Justiça do Equador condenou o ex-vice-presidente Jorge Glas a 13 anos de prisão. A sentença é de primeira instância cabe recurso, de acordo com a agiencia Xinhua.
O tribunal, composto pelos juízes Mercedes Caicedo, Marco Rodríguez e Javier de la Cadena, declarou culpados tanto Glas quanto Carlos Bernal, um ex-secretário. Para ambos foi determinada a pena máxima.
Glas foi acusado de peculato e desvio de fundos arrecadados para a reconstrução da província de Manabí, após um terremoto devastador, ocorrido em 2016.
A Procuradoria-Geral do Equador formalizou, em março passado, a acusação contra Glas e outras oito pessoas, pelas suspeitas de "uso indevido de dinheiro público em benefício de terceiros", que seriam "contratistas e fiscalizadores de contratos firmados no contexto da emergência".
Glas compareceu presencialmente às audiências e negou as acusações, afirmando que nunca administrou os recursos destinados ao processo de reconstrução.
Perseguição - O ex-presidente do Equador Rafael Correa, concedeu declarações nesta segunda-feira à emissora RT sobre o polêmico caso do ex-vice-presidente do país sul-americano. Correa, aliado político de Glas, considera o ex-vice-presidente uma vítima de perseguição judicial — ou lawfare — promovida pela ultradireita equatoriana, e intensificada pelo atual governante, Daniel Noboa.
Relembre - O ex-vice-presidente foi transferido para a prisão de segurança máxima La Roca, nos arredores de Guayaquil, após ter sido preso no início de abril de 2024 durante a invasão da força pública equatoriana à Embaixada do México em Quito, onde se encontrava refugiado sob proteção diplomática de asilo político.
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